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Ivan

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Uma criança de seis anos de idade perdeu a vida após ser brutalmente atropelada por um transporte semicoletivo de passageiros no distrito de Ancuabe, província de Cabo Delgado. O incidente ocorreu no dia 27 de novembro de 2024, quando a criança tentava atravessar a estrada nacional nº 1, nas proximidades do mercado de Najua.

 De acordo com Aniceto Magome, chefe das Relações Públicas do Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Cabo Delgado, o acidente aconteceu por volta das 7h30 da manhã, quando a viatura, de marca Toyota e modelo Aspe, que seguia no sentido Najua-Nancololo, atropelou o menor que estava no momento da travessia.

 "Durante o período, registamos um caso de atropelamento entre carro e pedestre, ocorrido pelas 7h30 do dia 27 de novembro, na estrada nacional nº 1, próximo ao mercado de Najua, no distrito de Ancuabe. A viatura que causou o acidente, um transporte semicoletivo de passageiros, seguia na direção de Najua para Nancololo e atropelou o menor de 6 anos", detalhou Magome.

 A Polícia presume que o acidente tenha sido causado por excesso de velocidade. Após o ocorrido, o condutor do veículo foi detido, e a remoção do corpo da vítima foi realizada pelas autoridades policiais. Além disso, foi elaborado o auto de denúncia, que foi encaminhado ao Ministério Público para os devidos procedimentos legais.

 "Presume-se que a causa do acidente tenha sido a velocidade excessiva. A polícia de trânsito esteve no local, fez a remoção do corpo e o condutor foi detido, com o respectivo auto de denúncia remetido ao Ministério Público", acrescentou Aniceto Magome. (x)

Por: Esperança Picate

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A violência baseada no gênero (VBG) tem sido um problema crescente em Moçambique, especialmente na província de Cabo Delgado, onde o impacto do terrorismo agrava ainda mais a situação. Este é um desafio que continua a afetar diversas comunidades, gerando sofrimento e vulnerabilidade.

No âmbito do lançamento dos 16 Dias de Ativismo na luta contra a Violência Baseada no Gênero, realizado nesta segunda-feira, 25 de novembro de 2024, a esposa do Governador da Província de Cabo Delgado, Edna Algy Tauabo, informou que, neste ano, foram registradas cerca de 709 vítimas de VBG, das quais 564 são mulheres.

"Durante o presente ano, prestamos apoio a 709 vítimas de violência baseada no gênero, das quais 564 são do sexo feminino. Isso indica que há mais mulheres e meninas sofrendo violência em comparação com os homens. Para enfrentar esse problema, temos realizado diversas atividades. A título de exemplo, realizamos uma campanha de sensibilização em 26 instituições, sendo 15 públicas e 7 privadas, para assegurar a inclusão das mulheres em cargos de poder, tomada de decisão e gestão nos distritos de Ancuabe, Macomia, Nangade, Ibo, Palma, Montepuez, Balama, Metuge, Mueda, Meluco e Pemba, onde este problema é particularmente notável", explicou Edna Algy Tauabo.

Adicionalmente, ela destacou que, ao longo deste ano, foram realizadas 60 palestras sobre a promoção da igualdade de gênero, com a participação de 5.228 pessoas nos distritos de Mueda, Meluco, Metuge, Chiure, Mocímboa da Praia, Ancuabe, Balama, Ibo, Palma, Nangade, Muidumbe, Quissanga, Macomia e Pemba.

"Realizamos 60 palestras sobre a promoção da igualdade de gênero, com a participação de 5.228 pessoas nos distritos mencionados. Também realizamos 34 debates radiofônicos sobre o tema em Mueda, Metuge, Ancuabe, Montepuez, Nangade, Chiure e Pemba. Além disso, capacitamos 349 mulheres em matérias de empreendedorismo, gestão de negócios e promoção da igualdade de gênero, bem como 313 provedores de serviços públicos em temas de socioativismo, gestão de negócios e igualdade de gênero. Apoio também foi dado a 15 mulheres na aquisição de títulos de direitos de uso e aproveitamento de terra", frisou a esposa do Governador.

Em resposta ao impacto sócio-econômico do terrorismo, a representante também falou sobre as ações realizadas para apoiar as vítimas e combater a violência.

"Devido ao impacto sócio-econômico do terrorismo, temos realizado ações de apoio e assistência médica, jurídica, educacional e de reabilitação social no âmbito da prevenção e combate a todas as formas de violência contra mulheres e meninas", concluiu Edna Algy Tauabo. (x)

Por: Zaida Abdul

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O Tribunal Judicial da Cidade de Maputo solicitou o bloqueio das contas bancárias de Venâncio Mondlane, domiciliadas no Bayport Financial Services Mozambique. Mondlane, candidato independente apoiado pelo partido PODEMOS, tem se destacado na atual crise política após as disputadas eleições gerais de 9 de outubro de 2024.

Mondlane, que se autoproclamou vencedor das eleições presidenciais, alega que os resultados oficiais foram manipulados para beneficiar a FRELIMO, partido no poder desde a independência do país.

A solicitação de bloqueio de contas foi formalizada através de um documento datado de 18 de novembro e assinado pela juíza Ludovina Florbela Marcelino David. O tribunal contactou o banco Bayport Financial Services Mozambique pedindo informações bancárias sobre Mondlane e o bloqueio imediato de quaisquer contas existentes em seu nome.

Além disso, o tribunal exige uma série de informações detalhadas, incluindo:

- A identificação completa das contas bancárias tituladas por Venâncio Mondlane;

- Identificação dos co-titulares ou assinantes em contas conjuntas, se houver;

- Cópias dos documentos utilizados para a abertura das contas;

- Extratos de transações bancárias realizadas entre 1 de janeiro e 8 de novembro de 2024;

- Comprovantes de transações, incluindo aquelas realizadas ou recebidas do exterior;

- Verificação sobre se Mondlane consta na lista negra de cheques sem provisão;

- Detalhes de cartões bancários associados às contas e possíveis valores guardados em cofres.

 

Essa medida legal baseia-se na Lei 13/2020 de 23 de dezembro, que trata da Perda Alargada de Bens e Recuperação de Ativos, aplicável a atividades criminosas relacionadas à gestão de ativos ilícitos.

A eleição presidencial de 2024 gerou protestos em várias cidades, incluindo Maputo, Beira e Nampula, com milhares de cidadãos exigindo a “restituição da vontade popular”. A Comissão Nacional de Eleições declarou a vitória de Daniel Chapo, candidato da FRELIMO, mas resultados paralelos divulgados pelo PODEMOS indicam que Mondlane teria vencido com 53% dos votos.

O presidente Filipe Nyusi, em uma comunicação à nação feita na terça-feira, convidou Mondlane e outros candidatos presidenciais para um diálogo, na tentativa de resolver os conflitos crescentes. No entanto, analistas veem dificuldades nesse processo, já que ambas as partes permanecem firmes em suas posições: Mondlane exige a validação de sua vitória, enquanto a FRELIMO, embora aberta ao diálogo, demonstra resistência em ceder o poder.(x)

Por: Bonifácio Chumuni

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Segundo um comunicado recebido a redação da Zumbo FM Noticias nesta quinta-feira 21 de Novembro de 2024, Associação Moçambicana dos Juízes (AMJ) entende que as manifestações tornaram-se um palco de uma extrema violência e violação dos direitos humanos que cria danos materiais e humanos.

"A AMJ esperava que as manifestações fossem ocorrer num quadro juridica constitutional de estrito respeito mutuo pelos direitos fundamentais de todos os intervenientes, porém, tem estado a notar que as mesmas, salvo algumas excepções, transformaram-se num palco marcadamente de extrema violência, com danos humanos e irreparáveis e prejuizos materiais avultados".Lê-se no comunicado

No mesmo comunicado a Associaçao Moçambicana dos juízes diz que lamenta e condena, a morte aos cidadãos baleados por agentes da PRM e afirma que e por falta de contestação policial.

"A AMJ lamenta e condena, vementemente, a morte dos cidadãos indefesos, baleados por agentes da policia da República de Moçambique PRM, numa actuação bastante desproporcional e de total falta de contestação Policial, conforme os Vídeos que têm estado a circular" Lê-se no comunicado

Por: Esperança Picate

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Os conflitos de terra em Pemba, Cabo Delgado, reflete uma questão recorrente, onde a posse de terras enfrenta desafios relacionados à informalidade, corrupção e falta de regulamentação clara.

À Zumbo FM Notícias, entrevistou com exclusividade, no passado dia 10 de julho de 2024, três cidadãos moçambicanos residentes na cidade de Pemba, que foram psicologicamente afetados por este problema. Essas narrativas destacam o impacto devastador dessas fraudes, não apenas no aspecto financeiro, mas também emocional e social.

Segundo Alima Alafo, expressa a dor de ver o esforço de anos economizando para garantir um futuro para sua família desaparecer.

"Neste momento, minha cabeça está a doer porque passei muito tempo economizando meu dinheiro. Meus filhos ficavam sem comer, eu não me vestia bem, não vivia bem, porque eu queria ter um espaço para meus filhos e netos. Agora, não sei o que fazer. Fui até as entidades superiores, mas meus pés doem de tanto andar. Eles sempre dizem para voltar amanhã, e assim o tempo passa. Já perdi o terreno e não espero mais recuperá-lo. Perdi meu dinheiro e meus filhos não puderam estudar,” lamentou Alima Alafo.

Lúcia Luís mostra o desespero de quem enfrenta um sistema que não consegue responder às suas demandas com a urgência necessária e diz não ter mais esperança de ter o seu espaço.

“Sinto-me muito mal, porque foram anos economizando meu dinheiro para conseguir meu espaço. Do nada, perdi meu terreno para um golpista. Ele vendeu o terreno para outra pessoa sem eu saber, e só soube através dos meus vizinhos, que me avisaram que o terreno já estava sendo construído por outra pessoa. Quando procurei o senhor que me vendeu o terreno, ele não disse muita coisa. Parece que ele vende terrenos para mais de uma pessoa. O que mais dói é que comprei o terreno há muito tempo e agora estou passando por isso. A polícia foi notificada, mas o senhor não forneceu informações relevantes. O caso está na Procuradoria, e eu não tenho esperança de reaver o terreno, pois a pessoa que está com ele já começou a construção. Acredito que vou acabar perdendo,” disse Lúcia Luís.

Por outro lado, Abibo reforça o apelo à cautela, compartilhando a decepção de ver seus sonhos desfeitos.

“Foi um esforço incomparável tive que vender tomates e outros produtos para comprar um terreno. No entanto, acabei sendo enganado, o que me deixou muito triste, com lágrimas nos olhos. No momento, o caso está nas mãos das autoridades. Apelo a todos para que evitem passar pelo que eu passei,” afirmou Abibo Chabane.

A história de Alima Alafo, Abibo Chabane e Lúcia Luís evidencia o impacto devastador dessas disputas na vida de pessoas que investiram arduamente para adquirir propriedades, apenas para perderem tudo devido a esquemas fraudulentos.

Esses casos demonstram a necessidade urgente de fortalecer os mecanismos de proteção e regulamentação fundiária. Além disso, a inação do Conselho Municipal de Pemba, após quatro meses sem resposta às consultas da Zumbo FM Notícias, agrava a sensação de impotência das vítimas e compromete a confiança nas instituições. (x)

Por: Nazma Mahando

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No passado dia 15 de novembro de 2024, a Montepuez Ruby Mining (MRM), situada no distrito de Montepuez, no sul da província de Cabo Delgado, foi alvo de uma incursão de grande dimensão. Um comunicado recebido pela redação da Zumbo FM Notícias nesta quarta-feira, 20 de novembro de 2024, revelou que cerca de 150 garimpeiros invadiram a mina Maningue Nice, pertencente à mineradora, e fizeram reféns um membro da Polícia da República de Moçambique (PRM) e um segurança privado.

“Na sexta-feira, 15 de novembro de 2024, a Montepuez Ruby Mining (MRM) sofreu outra incursão de grande dimensão na sua mina Maningue Nice, que foi invadida por cerca de 150 pessoas.No início da incursão, os envolvidos fizeram reféns um membro da PRM (Polícia da República de Moçambique) e um segurança contratado, ameaçando-os para não pedirem ajuda. Quando os reforços chegaram, os dois reféns foram libertados sem ferimentos”, refere o comunicado.

A mineradora destacou que, desde o início do ano, 44 pessoas foram detidas nas suas instalações por envolvimento em exploração ilegal de rubis. Entre os participantes da incursão recente, foi identificado como líder Airos Samuel Tolecha, conhecido como “Boica”, que já havia sido acusado de várias incursões anteriores contra a mineradora.

“As equipas de segurança da MRM identificaram o líder como Airos Samuel Tolecha (também conhecido como ‘Boica’). Tolecha foi acusado em várias ocasiões anteriores, na esquadra da polícia de Namanhumbir, de outras incursões na MRM. A 6 de setembro de 2024, Tolecha foi detido pela PRM e levado para a esquadra da polícia de Namanhumbir. Ele evadiu da prisão pouco tempo depois”, acrescenta o comunicado.

O comunicado revela ainda que os garimpeiros recebiam 200 meticais (cerca de 3 dólares) para se juntarem à incursão, com a promessa de mais 500 meticais (aproximadamente 8 dólares) caso trouxessem sacos de “camada” contendo cascalho com rubis.

A operação foi atribuída a “Laye”, um conhecido comprador ilegal de rubis da Guiné, e financiada por um indivíduo identificado como “Zacare Idrisse”, cuja nacionalidade é suspeita de ser nigeriana ou guineense.

As autoridades e a empresa reforçaram a necessidade de maior vigilância, destacando que ações coordenadas para a exploração ilegal de recursos naturais continuam a representar um desafio à segurança das instalações da MRM.
(x)

Por: Bonifácio Chumuni

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Um grupo de terroristas foi visto pela população na tarde desta terça-feira, 19 de Novembro de 2024, nas machambas da aldeia de Nantavo, localidade de Nivolene, posto Administrativo de Chiúre Velho, no distrito de Chiúre, Província de Cabo, norte de Moçambique.

De fontes seguras apartir da vila sede do distrito de Chiúre, a Zumbo FM Notícias, soube que os terroristas passaram naquela aldeia por volta das 13 horas, tendo causado pânico no seio da população que culminou com a fuga dos residentes para vila sede do distrito.

João (nome fictício), relactou o episódio:

"Sim, os terroristas passaram em Nantavo, na localidade de Nivolene, no posto administrativo de Chiúre Velho, e que foram vistos nas machambas ao pé do Rio Megaruma. Então, às pessoas de Nantavo, depois de verem os terroristas, já estão a entrar na vila de sede de Chiúre, isso aconteceu hoje", narrou a fonte.

O entrevistado, diz não saber se atacaram ou não.

"Ainda não tenho informações se fizeram algum estrago ou não", explicou.

A fonte, manifestou a sua preocupação com retorno dos terroristas naquele distrito que foi severamente assolado pelos ataques nos primórdios de 2024.

"Nós já estávamos a vontade, fazíamos nossas actividades normalmente, a comunidade já estava a viver momentos de alegria, porque os outros já tinham limpado as suas machambas. Em termos do desenvolvimento económico, os nossos irmãos já estavam lá, e aqueles também que tinham sido queimados às suas residências, já estavam na fase de reconstrução, então, quando ouvimos isso, já ficamos desesperados", lamentou a fonte, mostrando-se mais agastado pela situação.

Outra fonte segura que falou em anónimo, confirmou a fuga da população de Nantavo para vila sede do distrito de Chiúre.

"Os terroristas entraram no dia de hoje às 13h para 14h na zona de Nantavo, em Chiúre. Aqui estou a ver mesmo pessoas que estão a sair de lá para vila sede do distrito de Chiúre. Às pessoas estão acumuladas aqui na vila sede do distrito de Chiúre", informou em exclusivo à Zumbo FM Notícias. (x)

Por: António Bote

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Nesta quinta-feira, 21 de Novembro de 2024, o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, inaugurou um novo centro de saúde na localidade de Naminawe, no posto administrativo de Mieze, no distrito de Metuge, província de Cabo Delgado. A cerimónia contou com a presença de diversas autoridades locais e nacionais.

Durante o evento, Filipe Nyusi destacou a importância do centro de saúde para a população de Metuge e das áreas vizinhas, especialmente para os milhares de deslocados internos, que fugiram das zonas afetadas pela violência terrorista. O centro de saúde, de nível primário, está preparado para oferecer assistência em diversas áreas.

"Permitam-me que, na minha intervenção, saude de forma calorosa a todos os presentes nesta cerimónia de inauguração do centro de saúde de Naminawe, no posto administrativo de Mieze, distrito de Metuge, aqui na província de Cabo Delgado. Metuge é uma centralidade estratégica que serviu de santuário para o acolhimento de deslocados internos, razão pela qual decidimos estar aqui hoje. Portanto, a entrada em funcionamento desta importante unidade sanitária vem responder à preocupação da população de Naminawe e das comunidades circunvizinhas, no acesso a serviços de saúde de qualidade", afirmou o Presidente da República.

Nyusi acrescentou que a construção do centro de saúde foi financiada pelo governo, com apoio do Banco Mundial, através dos seus programas de fortalecimento institucional. "O novo centro de saúde é uma unidade sanitária de nível primário e a sua construção contou com o financiamento do governo, mas, sobretudo, com a parceria do Banco Mundial", afirmou o presidente.

O centro de saúde em Naminawe faz parte de um conjunto de infraestruturas públicas que estão sendo erguidas no âmbito do projeto de recuperação da crise no norte do país, que visa restaurar os serviços essenciais e apoiar as vítimas da insurgência.

"Este centro de saúde é parte de um lote de infraestruturas públicas erguidas no âmbito da implementação do projeto de recuperação da crise no norte, um projeto executado pelas agências das Nações Unidas. Como é do conhecimento de todos, a província de Cabo Delgado tem sido alvo de ações terroristas, e neste distrito, os terroristas fizeram incursões em janeiro", explicou o Presidente.

Filipe Nyusi também reforçou o papel do governo no apoio às comunidades afetadas pela insurgência, destacando a criação de uma agência para apoiar na recuperação do tecido social e econômico da região. "Temos contado com o apoio de várias agências multilaterais na construção desta unidade sanitária. Sabem todos que, durante o meu mandato, lancei uma iniciativa chamada 'Um distrito, um hospital', que visa, como o meu ministro dizia, levar a assistência sanitária mais próxima do cidadão. Este hospital faz parte desse projeto", acrescentou.

Em sua intervenção, o Ministro Provincial da Saúde, Armindo Tiago, enfatizou que a inauguração do centro de saúde representa mais do que uma simples infraestrutura. "A entrega desta unidade sanitária à comunidade é mais do que uma infraestrutura; é uma expressão de esperança e de amor ao próximo. Estamos a levar um hospital à comunidade", afirmou Tiago.

Este novo centro de saúde é um marco significativo no processo de reconstrução da província de Cabo Delgado, que tem enfrentado desafios consideráveis devido aos conflitos armados na região. (x)

Por: Zaida Abdul

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Em declarações feitas nesta quarta-feira, 20 de novembro de 2024, durante a IV Conferência sobre Conflito e Desenvolvimento em Cabo Delgado, promovida pela organização da sociedade civil (OMR) e a Universidade Católica de Moçambique (UCM) , investigadores do Observatório do Meio Rural expressaram sérias preocupações sobre os impactos das manifestações pós-eleitorais. Os especialistas alertaram que a continuidade dessas manifestações pode contribuir para a expansão do terrorismo na província de Cabo Delgado.

João Feijó, investigador do OMR, destacou que as manifestações pós-eleitorais acabaram, de maneira indireta, facilitando o alastramento da guerrilha e, consequentemente, do terrorismo no norte de Cabo Delgado, afetando principalmente os distritos de Macomia, Muidumbe, Meluco e Ancuabe. Feijó explicou que a descentralização das forças de defesa e segurança, que estavam concentradas nessas áreas de conflito, resultaram no enfraquecimento da segurança local.

“Essas manifestações pós-eleitorais acabaram por favorecer o alastramento da guerrilha no nordeste de Cabo Delgado. A descentralização das forças de defesa e segurança, que estavam concentradas nessas zonas de conflito, obrigando-as a atender à instabilidade nas principais cidades do país, contribuiu para o agravamento da situação”, afirmou Feijó.

 O investigador também enfatizou que, enquanto os problemas estruturais do país não forem abordados de forma eficaz, o cenário de conflitualidade tende a persistir.

 “Enquanto não enfrentarmos as questões centrais do país, continuaremos a viver em um ciclo de conflito. São reformas que a comunidade internacional, por vezes, não impulsiona adequadamente, pois muitos se beneficiam da manutenção desse status quo, explorando recursos essenciais que alimentam os mercados globais", concluiu Feijó.

 Jerry Manquenzi, outro investigador presente na conferência, também fez uma análise preocupante sobre a situação de Cabo Delgado. Segundo ele, a tensão pós-eleitoral agrava ainda mais o cenário de insegurança na província, onde o terrorismo já é uma realidade. Manquenzi alertou que, sem ações concretas para garantir a segurança e promover a transparência nas informações, a situação pode se tornar ainda mais complexa.

 “No caso de Cabo Delgado, a situação será mais complicada, pois já estamos em um cenário de terrorismo. Se não forem tomadas medidas para garantir a segurança e trazer a verdade para as pessoas, o agravamento será inevitável. Não se trata apenas de fazer algo, mas de garantir que as ações sejam efetivas e transparentes, permitindo que a população tenha acesso a informações claras e verdadeiras sobre o que está acontecendo”, afirmou Manquenzi.

 Os investigadores concluíram que a falta de resolução dos problemas estruturais em Cabo Delgado, juntamente com a persistência das tensões sociais e políticas, contribui para a perpetuação da violência e o fortalecimento das redes terroristas na região.(x)

Por: Esperança Picate

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Os professores do ensino primário e secundário em Moçambique ameaçam boicotar os exames finais e ausentar-se dos conselhos de notas, caso o governo não efetue o pagamento das horas extras atrasadas antes do início das avaliações. A situação reflete um ponto crítico nas negociações entre a classe docente e as autoridades governamentais.

A Associação Nacional dos Professores (ANAPRO) revelou que a dívida acumulada, que já ultrapassa dois anos, é motivo de grande frustração.

Segundo a entidade, várias promessas de pagamento feitas pelo governo não foram cumpridas, alimentando o descontentamento da categoria.

A situação é insustentável. Nós, como ANAPRO, temos apelado repetidamente para a resolução desse problema, mas já não confiamos nas promessas do governo. Os professores estão exaustos”, declarou Marcos Mulima, porta-voz da organização.

Uma reunião realizada nesta quarta-feira, 19 de novembro de 2024, entre representantes dos professores e o governo, durou mais de três horas, mas terminou sem consenso.

Segundo os professores, o governo teve tempo suficiente para estruturar um plano de pagamento, mas não apresentou nenhuma solução concreta.

Já não há prazos! Ou o pagamento começa amanhã e termina na próxima semana, ou não teremos como garantir os exames e o conselho de notas”, enfatizou um professor durante a reunião.

Caso as exigências não sejam atendidas, os professores prometem suspender as atividades essenciais ao encerramento do ano letivo, o que poderá comprometer o calendário escolar de milhares de alunos em todo o país.

"Se não houver pagamento da dívida referente às horas extras, não haverá conselhos de notas, nem exames finais, do Rovuma ao Maputo”, reforçou a ANAPRO.(x)

Por: Nazma Mahando

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