A Cidade de Pemba, em Cabo Delgado, tem enfrentado uma escassez de combustível nos últimos dias, afetando diretamente o transporte público e a mobilidade da população. No dia 15 de março de 2025, a crise já impactava os munícipes, resultando em aumentos ilegais das tarifas no transporte semi-coletivo.
Durante uma entrevista a jornalistas em 17 de março, o Vereador dos Transportes e Equipamentos do Conselho Municipal de Pemba, Edson Leite, assegurou que não houve autorização para reajuste nas tarifas e alertou os passageiros a não aceitarem cobranças abusivas.
"Um conselho que vou dar a todos que pegam chapas, não paguem valores acima do estipulado! O Conselho Municipal não autorizou nenhum aumento. Se alguém cobrar mais, denunciem! Podem falar diretamente comigo ou com outro colega do Conselho, mas não aceitem esse abuso. Vamos continuar a fiscalizar até que a situação normalize", afirmou.
O vereador destacou que, apesar da escassez, não houve reajuste oficial no preço do combustível. Ele garantiu que as autoridades municipais estão fiscalizando o cumprimento das tarifas estabelecidas, que variam entre 15 e 25 meticais para deslocamentos dentro da cidade.
"Ontem fiscalizamos 20 viaturas e, dessas, conseguimos recolher livretes e licenças de 10 veículos. Algumas dessas viaturas serão banidas das estradas e não poderão mais operar. Estamos a ser implacáveis, e nossas equipas continuam no terreno" garantiu.
Enquanto a população aguarda soluções para a normalização do abastecimento de combustível, as autoridades seguem intensificando a fiscalização do transporte público para evitar abusos nas cobranças de tarifas.(x)
Por: Nazma Mahando
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O sector do turismo em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, enfrenta um dos momentos mais críticos de sua história devido ao impacto da insurgência armada que assola a província desde 2017 e às mudanças climáticas. A avaliação é do presidente do Conselho Diretivo da Associação de Hotelaria e Turismo de Cabo Delgado (CDTUR), Hermenegildo Ildefunso, que alerta para um cenário preocupante, no qual o turismo de lazer praticamente desapareceu da região.
Falando após a realização da XII Sessão da Assembleia Geral Extraordinária da CDTUR, realizada em Pemba, Ildefunso destacou que a insegurança tem afastado turistas e limitadas as atividades do setor.
Durante o evento, foram eleitos os novos órgãos sociais da associação, com a reeleição de Ildefunso à presidência. Além disso, foi deliberado, por unanimidade, o apoio à candidatura de Lineu Candieiro, presidente da ANJE, à presidência da Confederação das Associações Econômicas de Moçambique (CTA). As eleições para a CTA estão marcadas para maio próximo.
A escolha dos membros para os três principais órgãos – Mesa da Assembleia, Conselho Fiscal e Conselho de Direção – reforça, segundo Ildefunso, a necessidade de promover a coesão entre os órgãos sociais da CDTUR e criar grupos de trabalho especializados para organizar e otimizar o funcionamento das atividades, garantindo a sustentabilidade da associação.
Segundo o dirigente, atualmente, a atividade turística na província se restringe ao turismo de negócios, atraindo apenas instituições e profissionais para seminários e trabalhos temporários.
"O que temos agora é um turismo de negócios. São instituições que vêm realizar seminários, pessoas que vêm trabalhar. Mas uma pessoa sair de um país, cidade ou província para passear em Pemba, como antes na Praia do Wimbe, já não acontece. Isso praticamente acabou", afirmou Ildefunso.
Ele ressaltou que a imagem de insegurança prejudica gravemente o setor e que é urgente a adoção de novas estratégias para recuperar o turismo.
"Precisamos pensar em como podemos promover a província de forma diferente. Quando se fala em terrorismo, ninguém quer fazer turismo. O único segmento que ainda resiste é o de negócios. Precisamos nos preparar e criar um novo modelo de promoção e marketing, não só para Cabo Delgado, mas para todo o país. Moçambique, de forma geral, não está bem posicionado para atrair turistas", frisou.
Além do impacto da violência armada, as mudanças climáticas também representam um grande desafio para o setor. Hermenegildo Ildifunso destacou que é fundamental que as associações do setor participem ativamente de debates sobre o tema e busquem estratégias para minimizar os impactos ambientais.
"As mudanças climáticas sempre foram um desafio e nós, como associações de turismo, temos que fazer parte desses grupos temáticos para entender como ultrapassar. É por isso que é importante termos associações fortes, porque quando somos convidados para esses debates, não estamos lá como indivíduos, mas como representantes de uma coletividade", afirmou.
Apesar dos desafios, o presidente da CDTUR garantiu que o sector continuará a lutar para manter-se ativo e contribuir para o desenvolvimento econômico da província e do país.
"O turismo já está comprometido há muito tempo, mas continuamos a lutar, porque é disso que vivemos, é o que sabemos fazer. Acreditamos que o turismo é um setor estratégico, capaz de impulsionar o desenvolvimento do país, pois é uma atividade transversal", concluiu.
Apesar dos desafios impostos pela insurgência e pelas mudanças climáticas, Cabo Delgado possui um enorme potencial turístico. A província destaca-se por suas praias paradisíacas, como a icônica Praia do Wimbe, em Pemba, e o arquipélago das Quirimbas, conhecido por suas águas cristalinas e biodiversidade marinha.
Além das praias, a região abriga o Parque Nacional das Quirimbas, um dos principais destinos de ecoturismo em Moçambique, oferecendo safáris e experiências de contato com a natureza. A cultura local também é um grande atrativo, com manifestações artísticas e tradições que enriquecem a experiência dos visitantes.
No entanto, para que o turismo volte a florescer, é essencial garantir segurança e infraestrutura adequada, além de estratégias eficazes para reposicionar a província no mapa turístico de Moçambique e do mundo.(x)
Por: Zumbo FM Notícias
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A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 17 de março de 2025, pelo Chefe das Relações Públicas do Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Cabo Delgado, Aniceto Magome, durante uma conferência de imprensa realizada na cidade de Pemba.
De acordo com a PRM, o homicídio agravado ocorreu no distrito de Balama, no dia 6 de março deste ano. Um homem, inconformado com a separação da sua ex-esposa, agrediu-a fisicamente, tirou-lhe a vida e abandonou o corpo na residência dos pais da vítima.
"Registramos um caso de homicídio agravado no distrito de Balama, ocorrido por volta das 6 horas do dia 6 de março deste ano, na aldeia (...). O indivíduo, já identificado, não aceitou a separação e, ao interpelar a ex-esposa em via pública, agrediu-a fisicamente, resultando na sua morte. Em seguida, arrastou o corpo e o abandonou próximo à residência dos pais da vítima", relatou Aniceto Magome.
Segundo Magome, uma equipe multissetorial foi destacada, para realizar o exame ao corpo, e as autoridades estão trabalhando para capturar o suspeito.
"Uma equipe multissetorial, composta pela PRM, SERNIC e profissionais de saúde, foi enviada ao local, para realizar o exame ao corpo. Posteriormente, o corpo foi entregue aos familiares, para os procedimentos fúnebres. O ato de denúncia, foi registrado e encaminhado à procuradoria local, e diligências estão em curso para capturar o suspeito", avançou
A Policia da República em Cabo Delgado, apela a população para continuar a denunciar sobre casos criminais que atentem, contra a segurança e tranquilidade pública .
"Dizer que durante este período, e olhando aquele que foi a situação operativa, apelamos a população, para que continue a denunciar casos criminais, junto a polícia e também os utentes da via pública para que estes observem regras de trânsito para evitar situações de acidente de viação e as suas consequências." Concluiu (x)
Por: Esperança Picate
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Em Cabo Delgado, a realidade dos estudantes do Instituto Técnico de Saúde de Pemba (ITSP), também conhecido como “Lugenda”, tem gerado grande preocupação.
Muitos alunos enfrentam uma série de dificuldades, incluindo expulsões nos campos de estágio, denúncias de corrupção e uma espera interminável para a alocação aos estágios.
Com o término do curso previsto para dezembro de 2025, as incertezas em relação ao futuro profissional desses estudantes aumentam a cada dia.
Os relatos de expulsões durante o estágio no Hospital Provincial de Pemba são comuns entre os estudantes da instituição.
Segundo um aluno, que preferiu não se identificar, o tratamento dispensado aos alunos da instituição é claramente inferior.
“Quando fomos expulsos no estágio, especificamente no Hospital Provincial de Pemba, os enfermeiros logo perceberam que éramos da instituição ‘Lugenda’. A partir daquele momento, fomos tratados como inferiores, sem qualquer respeito, pois essa instituição não cumpre com suas obrigações financeiras. A nossa credibilidade foi afetada e a diferença foi visível", disse o estudante à Zumbo FM Notícias, na última quinta-feira, 13 de Março de 2025.
A fonte em anonimato explicou que a instituição tem perdido confiança de muitos profissionais de saúde, o que dificulta a alocação dos estudantes aos campos de estágio.
Outro formando, que também foi expulso, detalhou como a confusão surgiu quando tentavam realizar exames: "Fomos expulsos porque a nossa instituição tinha uma dívida antiga. A responsável pela área de saúde simplesmente nos disse que não realizaríamos os exames. Quando perguntamos, ela alegou que a dívida era de anos passados e, sem mais explicações, nos mandou embora.” Esse episódio ocorreu há mais de dois meses, e os alunos afetados ainda aguardam uma resolução.
Além das expulsões, os estudantes enfrentam acusações graves sobre práticas de corrupção dentro da própria instituição e nos campos de estágio.
Um aluno, que falou em anônimato, revelou que é comum a cobrança de dinheiro por parte de formadores para garantir a aprovação nas provas.
“O que está acontecendo na minha instituição é algo meio estranho para nós que estamos a passar por isso. Estamos quase quatro meses, indo para cinco, em casa, à espera de estágio. Todos os dias dizem para esperar, mas nunca nos dão uma resposta clara sobre isso. O tempo previsto para terminar o curso é o ano em curso de 2025, em Dezembro, mas o que está acontecendo agora, nesses quatro meses, está bem além do que foi estimado no início do ano. Isso é frustrante, porque pagamos mensalidades, já pagamos pelo estágio, mas ainda estamos em casa.”
De acordo com este estudante, a situação piorou quando, no mês passado, os alunos foram obrigados a pagar urgentemente pelas taxas do estágio, mas, até o momento, continuam sem estágio:
“No mês passado, fomos obrigados a pagar para o estágio, e todos pagaram, mas, até agora, ainda estamos em casa.”
A insatisfação não se resume apenas aos formandos afetados pela falta de estágios. Os estudantes também enfrentam dificuldades com seus encarregados, que pagam as mensalidades, sem entender o motivo dos atrasos e a falta de respostas:
“Há um prejuízo para nós, estudantes, porque nossos responsáveis, que pagam as mensalidades, acham que estamos gastando o dinheiro com outras coisas. Eu, pessoalmente, já fui perguntado pelos meus pais se reprovei ou não. Ou estou reprovado, ou estou escondendo a verdade, quando na realidade não é isso que está acontecendo.”
A preocupação dos pais é visível, uma vez que o pagamento continua a ser feito sem a certeza de que os estudantes estão realmente a realizar os estágios ou a cumprir as atividades necessárias para a conclusão do curso. Um outro estudante fez questão de destacar o impacto psicológico desta espera prolongada:
“Meus pais continuam a reclamar e, mesmo assim, me dão dinheiro com a incerteza de que estou pagando. Mostro os comprovantes de pagamento, mas mesmo assim fica difícil acreditar. Eu compreendo, pois fico 4 ou 5 meses em casa. Isso não é normal. Até penso que reprovei, mas a escola não me diz nada.”
O estudante também apontou que, no ano passado, o problema foi menos grave, com uma espera de apenas dois meses, mas que, neste ano, a situação está ainda pior:
“No ano passado, tivemos dificuldades parecidas, mas não duraram tanto. Foram só dois meses em casa, mas este ano está bem pior.”
Outro aspecto que agrava ainda mais a situação é a falta de informações sobre o futuro dos alunos. Muitos estudantes já começam a questionar a viabilidade de terminar o curso dentro do prazo estipulado, já que o último semestre está a ser extremamente comprometido:
“O tempo para concluir o curso é dezembro. Se passar disso, não teremos mais fundos, porque o planejamento em casa foi feito até dezembro deste ano, e no próximo ano não posso ser o único a estudar, enquanto meus irmãos também precisam desse dinheiro. Assim fica difícil.”
A indignação é generalizada entre os formandos, que também mencionam que não são apenas eles a sofrer com esta situação. De acordo com os relatos, diversas turmas estão a enfrentar os mesmos problemas:
“Não é só uma turma que está passando por isso. São várias turmas.”
O problema financeiro é uma constante, pois os estudantes pagam as taxas do estágio, mas não têm a certeza de quando ou se realmente irão estagiar:
“Pagamos para o estágio parcial, que custa 1.500 meticais.”
Em relação ao tratamento dispensado pela instituição, um dos alunos não hesitou em afirmar que a instituição está a prejudicar os formandos, uma vez que estão a pagar por um serviço que não está a ser oferecido:
“Para mim, a instituição está prejudicando os formandos, porque estamos pagando há meses, sem fazer nada. Isso é injusto. Poderia até dizer que é um roubo. Não estamos no estágio, mas ainda assim continuamos pagando.”
Os relatos também indicam práticas irregulares relacionadas às avaliações e ao tratamento dos estudantes pelos formadores. Um dos formandos mencionou que, em vários momentos, os estudantes são pressionados a pagar para garantir a aprovação em determinadas disciplinas:
“Já vi esse tipo de cobrança para passar de cadeira. Não que eu tenha pago, mas vi colegas sendo pressionados a pagar para garantir aprovação.”
De acordo com o mesmo aluno, há uma ligação entre os formadores e os chefes de turma para que as contribuições sejam feitas nos momentos de avaliação. Essas contribuições, segundo ele, acabam sendo obrigatórias para alguns estudantes, sob o risco de reprovação:
“Na escola, existe uma ligação entre os chefes de turma e os próprios formadores. Durante os exames, fazemos a contribuição e entregamos ao chefe de turma. Às vezes, isso é obrigatório, porque o aluno que acha que não vai passar, acaba pagando. Quem sabe que vai passar com suas notas, e não paga, acaba reprovando. Os formadores querem que todos paguem para não faltar ninguém.”
Além disso, o aluno mencionou que, mesmo que um estudante não precise pagar, a pressão para fazê-lo existe, e o medo de reprovação é constante:
“Primeiro, você não é descartado totalmente por não pagar ao formador. Mas você acaba sendo colocado em recorrência. O aviso é: se você não paga, na recorrência, se não der algo, o formador vai fazer você perder o curso e esperar outra turma para reintegração. Então, a gente tem medo de não passar, mesmo sabendo que pode passar com conhecimento. A gente paga por medo de reprovar.”
O estudante também destacou que, muitas vezes, a corrupção parte dos próprios alunos que, com medo de reprovarem, iniciam essa dinâmica de pagamentos extras para garantir a aprovação:
“Às vezes, a corrupção parte dos formadores, mas muitas vezes são os próprios alunos com medo de reprovar que iniciam isso. Os alunos com notas baixas, que se acham fracos. E isso acaba afetando os outros que poderiam passar sem pagar. Não são só os formadores, nem só os alunos. Há uma ligação entre ambos.”
Por fim, ele revelou que já pensaram em denunciar essas práticas, mas a maioria dos colegas que depende dessas contribuições para passar preferem não se envolver:
“Já pensamos em denunciar isso. Pelo menos nós, que achamos que vamos passar sem pagar, mas a maioria da turma, que depende dos pagamentos para passar, recusa. Eles dizem para não fazer a denúncia, pois dependemos dos formadores para terminar o curso, então acabamos deixando tudo isso seguir.”
A situação descrita pelos estudantes levanta sérias questões sobre a gestão do Instituto Técnico de Saúde de Pemba e o tratamento dispensado aos seus alunos. A falta de respostas claras e a pressão financeira e psicológica sobre os formandos evidenciam um sistema que, para muitos, está a comprometer não só o seu futuro profissional, mas também a sua dignidade.
Carlos Alberto, um pai que procurou informações sobre o caso, disse:
“É inaceitável que, mesmo pagando mensalidades, os estudantes fiquem tanto tempo sem estágio ou aulas. Precisamos de respostas claras e urgentes sobre essa situação.”
Em reacção às preocupações, o Director-Geral do Instituto Técnico de Saúde de Pemba, Rosário Faquihe, compartilhou detalhes sobre a situação dos estudantes da instituição, abordando tanto os desafios enfrentados no estágio quanto as preocupações com possíveis casos de corrupção nas unidades sanitárias. Faquihe explicou as dificuldades enfrentadas pelos estudantes que estavam com problemas para regularizar suas propinas, ressaltando que esses problemas não têm uma ligação direta com o campo de estágio.
“Os estudantes que foram tirados e que tinham problemas de propinas, depois de serem tirados, geriram o seu stress, geriram a sua ansiedade, mas depois regularizaram as suas propinas. Essas propinas não têm uma ligação direta com o campo de estágio, porque, quando os estudantes vão lá, há uma taxa de pagamento, mas a responsabilidade aqui acaba caindo nas unidades sanitárias. Exemplo: o HPP tirou os estudantes dizendo que a instituição não paga, mas a resposta acaba sendo a mesma: o pagamento é depois do término do estágio. Tivemos um caso muito triste de turmas que estavam no último ano e ficaram privados, todo o mês de fevereiro, de levantar os seus certificados, porque a pessoa que acompanhava cobrava que só poderia trazer as notas com a troca pelo seu pagamento. Não é possível fazer pagamento nessas condições. Reter as notas não é solução, e isso aconteceu, inclusive, em Montepuez. Mais uma vez, tivemos que falar com as autoridades do distrito da unidade sanitária. Tardiamente, mandaram as notas, e as pessoas foram imediatamente pagas", frisou.
Faquihe também comentou sobre a situação atual dos estudantes, destacando que 120 alunos já têm programas de estágio definidos, incluindo os que enfrentaram constrangimentos anteriores.
“Neste momento, temos estes que ficaram um tempo paralisados, e vão se juntar também com outros estudantes que ainda não têm o programa estabelecido. Mas já está estabelecido, temos por volta de 120 estudantes que devem ir ao campo de estágio. Aí estão incluídos os que tiveram constrangimentos, e vamos juntar com os novos que terminaram agora a teoria, que também vão ao estágio", explicou.
O Director-Geral também se referiu aos relatos de corrupção que têm chegado à instituição.
"Mas também queria acrescentar a isso que grande parte das situações relacionadas à corrupção assumimos que pode não estar acontecendo no interior da instituição. Geralmente, as pessoas procuram se subornar no ambiente de estágio, porque lá é o momento para as pessoas perderem o curso. Geralmente, acontece mais lá. Eu volto a dizer que nós não temos uma evidência. Os estudantes têm medo de denunciar", observou.
Faquihe mencionou, ainda, um caso específico em que um grupo de estudantes estava sendo mobilizado para ser extorquido durante o estágio.
“Tivemos algumas informações ao nível do hospital. Um grupo estava sendo mobilizado para ser extorquido, e essa preocupação nós apresentamos por carta ao Prol do hospital, porque, naturalmente, quem tem que investigar é a própria unidade sanitária. Para nós, é importante que nos apresentem se houve ou não esse fenómeno de corrupção. Desafio a imprensa a, nesses focos, também nos ajudar a procurar, pelo menos, um estudante que tenha sido extorquido, dizendo o nome, o valor e a pessoa a quem ele entregou. Assim, teríamos material suficiente para perseguir os assuntos com objetividade. Na verdade, essa informação chega até nós, mas chega incompleta, e nós acreditamos que esses fenômenos podem acontecer", disse.
Faquihe também comentou sobre uma situação envolvendo um docente da instituição que foi acusado de cobrar taxas adicionais nas avaliações.
“Uma das coisas que nós analisamos é que essas situações acontecem em momentos em que a nossa instituição, por qualquer razão, demora a pagar os docentes, e nesse tempo, que são tempos críticos, ouvimos, em forma de informações espalhadas, que um dado grupo de docentes está extorquindo estudantes. As evidências não chegam. Mesmo perguntando aos docentes, eles não vão friamente aceitar as acusações. Já tivemos um docente que não era bem extorsão, mas pode ser classificado como corrupção, que cobrava um dinheiro a mais de uma taxa de avaliações. As taxas de avaliações são cobradas ao preço de 10 MT", explicou.
Por fim, Faquihe tranquilizou os estudantes que estavam pendentes para iniciar os estágios, informando que a situação está sendo resolvida com urgência.
“Os estudantes que estavam em casa, cujos cronogramas foram revistos, irão para os campos de estágio em menos de uma semana. Esta semana mesmo, temos os valores do pagamento do estágio, e as unidades confirmaram que já receberam os estudantes. Os estudantes que estavam pendentes poderão iniciar o estágio dentro de poucos dias, provavelmente na próxima semana", afirmou. (x)
Por: Zumbo FM Notícias
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Em uma entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias neste sábado, 15 de Março de 2025, o Presidente do Conselho Empresarial e Representante da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) em Cabo Delgado, Mahamudo Irachi, expressou sérias preocupações sobre os impactos do ciclone tropical "Jude" que afetou severamente a região norte do país, com maior foco na província de Nampula, que liga com Cabo Delgado. O ciclone causou danos consideráveis às infraestruturas da província, prejudicando ainda mais o já desafiador cenário econômico local.
De acordo com Irachi, as inundações resultantes das fortes chuvas associadas ao ciclone afetaram severamente a infraestrutura, especialmente as pontes no Rio Monapo e no Rio Meguburi, que já estão destruídas. "A nossa situação vai piorar, porque as duas pontes que já se destruíram, estamos a falar de no Rio Monapo e Rio Meguburi, às águas até agora estão a circular. A previsão não é de um dia nem de uma semana, e, às chuvas até agora ainda caem, então isso pode vir a afetar negativamente a nossa província", alertou Irachi.
Irachi também destacou que uma alternativa está sendo considerada para contornar o bloqueio das vias, sugerindo o uso do percurso pelo distrito de Balama – Marrupa – Cuamba. No entanto, ele apontou várias limitações dessa opção: "Equaciona-se fazermos um giro à via do distrito de Balama – Marrupa – Cuamba, mas esta via também tem seus controvérsios. Primeiro, é uma via longa, e depois de ser longa, a própria via em alguns troços não está nada bem. Estamos a falar do troço Pemba – Montepuez, estamos a falar de Marupá a Cuamba, estamos a falar de terra batida, também as condições não favorecem. Vamos falar, por exemplo, também nas vias de Cuamba Lúrio, também a situação não está em condições, estamos a falar da situação de Mutuali a Malema, praticamente o trânsito não favorece a circulação como devia ser", explicou.
O impacto nas condições de transporte e a precariedade das vias pode resultar em aumentos significativos nos custos de mercadorias. "Isso quer dizer que se os nossos empresários conseguirem fazer este trajeto, o custo da mercadoria até chegar em Pemba vai ser muito maior", observou Irachi.
A crise de produtos é uma preocupação crescente, devido aos danos causados pelo ciclone. "O risco de termos escassez de produtos é eminente, podemos ter escassez dos produtos", advertiu, ressaltando que, embora os comerciantes tenham conseguido manter os estoques até agora, a situação tende a piorar. "Até ontem, manteve-se o stock e os preços eram os mesmos. Porque a gente sabia que ia acontecer o ciclone, os comerciantes conseguiram fazer aprovisionamento nos armazéns. Pelo menos, temos stock que possa nos levar até dia 25 de março. Agora, do dia 25 para lá, já vamos equacionar os custos de como em que devem ser. Porque já vamos ter que usar outra alternativa para fazer chegar a mercadoria em Pemba", destacou Irachi.
A crise de produtos também está diretamente ligada à elevação dos preços. "Se a gente faz o trajecto de Cuamba, o produto vamos ter na praça, mas os preços que serão estipulados vão ser preços acelerados, não vão ser preços que estamos a fazer actualmente", afirmou, refletindo sobre as consequências da escassez.
Além disso, a escassez de produtos pode ser agravada pela falta de combustíveis.
"Provavelmente teremos escassez dos combustíveis, porque os combustíveis que usamos aqui em Cabo Delgado vêm de Nampula", alertou Irachi, sublinhando que a falta de alternativas eficazes para o transporte de mercadorias na região pode tornar a situação ainda mais difícil.
O Presidente do Conselho Empresarial também mencionou a questão da capotagem marítima, uma proposta que visava resolver, entre outros problemas, a dificuldade no transporte de mercadorias e combustíveis. "Nós já tínhamos falado sobre este assunto com o Governo da província para ver se podemos introduzir a capotagem marítima, e me lembro, um tempo lançou-se aqui essa capotagem, era exatamente para resolvermos esses problemas. Mas, infelizmente, a capotagem até hoje não arrancou e não sabemos quando é que vai arrancar", lamentou.
Diante dessa situação, empresários locais e a população de Cabo Delgado seguem em alerta, aguardando soluções urgentes que possam mitigar os efeitos das adversidades climáticas, o aumento de preços e a falta de infraestrutura que ligam a província de Cabo Delgado e a província de Nampula. (x)
Por: António Bote
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No documento sobre a resposta emergencial de três meses ao Ciclone Chido recebido pela redação da Zumbo FM Notícias nesta sexta-feira, 14 de Março de 2025, a organização Médecins Sans Frontières (MSF) detalhou os avanços e desafios em sua resposta humanitária em Cabo Delgado, após o impacto do Ciclone Chido e anos de conflito armado na região. A MSF conclui a fase de emergência, mas destaca que o trabalho de recuperação continua, principalmente no suporte psicológico e médico à população afetada.
Em 15 de Dezembro de 2024, o Ciclone Chido atingiu com força a província de Cabo Delgado, causando mortes, feridos e extensos danos materiais. O ciclone afetou diretamente quase 700.000 pessoas, com a maioria das vítimas na província de Cabo Delgado e algumas em Nampula e Niassa. No distrito de Mecufi, 99% das casas foram destruídas, e os danos em Metuge e Chiúre foram igualmente severos.
A MSF, que já estava em Cabo Delgado devido à crise do conflito armado, iniciou sua operação emergencial logo após a passagem do ciclone, oferecendo apoio médico e psicológico. A organização também prestou assistência com a distribuição de água potável e reparos nas infraestruturas de saúde danificadas.
Além dos danos físicos, o trauma psicológico causado pela perda de familiares e bens materiais é profundo e generalizado. Ana Mafalda, gerente de atividades de enfermagem da MSF, afirmou que, no pós-ciclone, “as pessoas estavam em um cenário devastador, lutando para dormir e tentar reconstruir suas vidas. O trauma era generalizado.” Para ajudar a aliviar este sofrimento emocional, a MSF ofereceu mais de 320 sessões individuais de aconselhamento psicológico e prestou apoio em grupo a 4.962 pessoas nos distritos de Mecufi e Metuge.
A MSF também treinou funcionários do Ministério da Saúde e agentes comunitários para oferecer primeiros socorros psicológicos, permitindo um atendimento mais amplo à população afetada.
Antes do Ciclone Chido, a província de Cabo Delgado já enfrentava sérias dificuldades devido ao conflito armado, que prejudicou tanto o sistema de saúde quanto a segurança alimentar da população. O ciclone agravou essas condições, destruindo plantações e prejudicando a infraestrutura de água e saneamento, o que contribuiu para surtos de doenças como malária e doenças diarreicas.
De 24 de Dezembro de 2024 a 7 de Fevereiro de 2025, a MSF realizou 6.847 consultas médicas e assistiu 73 partos. Além disso, a organização forneceu 85.000 litros de água potável e fez reparos em duas unidades de saúde, além de instalar banheiros emergenciais e outras estruturas sanitárias nos centros de saúde de Mecufi e Metuge.
Embora a fase emergencial tenha sido encerrada, a MSF sublinha a necessidade de manter o apoio humanitário para garantir a recuperação das pessoas afetadas. “A reconstrução será um processo longo e desafiador”, afirmou Ana Mafalda. “Embora as necessidades imediatas tenham sido atendidas, a reconstrução física e emocional da população vai exigir um esforço contínuo.”
No dia 10 de Março de 2025, Moçambique foi atingido pelo Ciclone Jude, que afetou principalmente a província de Nampula. As equipes da MSF estão atualmente em campo, avaliando a situação para determinar a necessidade de uma nova resposta emergencial. A organização segue comprometida com as necessidades da população e pronta para agir, caso a situação requeira uma nova intervenção. (x)
Por: António Bote
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A cidade de Pemba enfrenta uma grave escassez de combustível após o desabamento da ponte de Mecuburi, na província de Nampula, consequência das chuvas intensas provocadas pelo ciclone tropical JUDE.
A destruição da infraestrutura interrompeu o trajeto habitual entre Pemba e Nampula, obrigando o uso de vias alternativas e dificultando o transporte de bens essenciais, incluindo combustíveis.
O impacto da escassez já é visível nos postos de abastecimento da capital provincial de Cabo Delgado, onde longas filas e frustração dominam o cenário. Em entrevista à Zumbo FM, neste sábado, 15 de março de 2025, vários automobilistas relataram dificuldades para encontrar combustível e denunciaram a alta dos preços.
Um dos entrevistados, Gabriel Buchir, expressou sua indignação com a situação, afirmando que há mais de três dias a cidade de Pemba registra escassez de combustível e que a circulação tem sido reduzida.
"Já estamos há três dias sem combustível nas bombas. Dizem que o problema é a ponte na via de Nampula. Antes já estávamos acostumados com os preços absurdos do combustível, mas agora a situação piorou. Seria bom se baixassem pelo menos para 70 meticais, porque antes estava 75. Agora, nos bairros, o combustível está sendo vendido em pequenos recipientes: meio litro custa 100 meticais, antes era 50. Mas como não há combustível na cidade, não temos opção", disse Gabriel Buchir.
A especulação no mercado informal aumentou significativamente os preços, penalizando taxistas e condutores que dependem diariamente do abastecimento. O taxista Francisco André comparou os preços de Moçambique com os do país vizinho, Malawi, expressando sua frustração e preocupação com os preços, defendendo que quem sai prejudicada é a população de Moçambique.
"O combustível está muito caro! Estamos a pagar 95 meticais por litro, enquanto no Malawi custa 53 meticais. Como é possível que um país com bacias de produção de combustíveis tenha preços tão elevados? Isso prejudica toda a população de Cabo Delgado e de Moçambique. Não posso dizer que o país está bem, porque, na verdade, o país está caro", disse Francisco André.
Outro condutor, Ernesto Tomás, destacou as dificuldades causadas pelo desabamento da ponte e os desafios do transporte de combustível até Pemba:
"A destruição da ponte que liga Namialo a Napama agravou ainda mais a escassez de combustível em Pemba. Os caminhões-tanque não conseguem passar e a única alternativa é o transporte marítimo. Estou a sentir as consequências diretamente: ontem consegui abastecer, mas hoje o movimento está fraco. Para ir de Pemba a Muxara gasto 200 meticais e, até Emulação, 100 meticais. Está insustentável", disse o condutor Ernesto Tomás.
A crise no abastecimento de combustível está afetando não apenas os motoristas, mas toda a economia local, com impactos no transporte público, no comércio e na mobilidade da população. Enquanto isso, a incerteza permanece, e os moradores de Pemba aguardam por soluções que possam aliviar a situação. (x)
Por: Esperança Picate
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Três meses após a passagem do ciclone Chido, as famílias do distrito de Mecúfi, na região central de Cabo Delgado, continuam a enfrentar dificuldades extremas.
A equipe da Zumbo FM Notícias deslocou-se ao distrito de Mecúfi, situado a cerca de 49 quilômetros da capital provincial, Pemba, para verificar as condições de vida dos sobreviventes. O cenário encontrado é de dor e resistência: ruínas, tendas precárias e uma população que luta diariamente param sobreviver.
Entre os que ainda não conseguiram reconstruir suas casas está Tufa Chehane. O pouco que lhe restou após o ciclone não foi suficiente para reerguer um lar seguro.
"A minha casa foi destruída pelo ciclone Chido e, até agora, continua do mesmo jeito. Não tenho material para reconstruí-la, e o governo não está a nos apoiar. Tentei reaproveitar algumas chapas usadas para fazer um abrigo pequeno, mas somos três pessoas e, quando chove, sofremos muito. Precisamos de chapas e cimento para cobrir o teto. O pouco apoio que recebemos não é suficiente."
A história de Tufa é semelhante à de centenas de outras famílias em Mecúfi. Em aldeias como Taca, a destruição ainda é visível, e as dificuldades diárias tornam a vida cada vez mais insustentável.
"Não temos casa, não temos comida, não temos roupa. As crianças estão a sofrer," lamenta Factucha Chabah, mãe de dez filhos, que perdeu tudo no ciclone. "Os documentos foram levados, os cadernos das crianças também. Antes, eu plantava para alimentar a família, mas o ciclone destruiu a minha machamba. Recebemos algum apoio, mas sem casa, como vamos sobreviver?"
A reconstrução avança a passos lentos. Para muitos, a falta de materiais básicos como barrotes, chapas de zinco e cimento tornou impossível qualquer tentativa de reerguer suas casas.
"Estou parado, sem maneira de reconstruir," conta Massango Bachili. "O governo não tem nos apoiado com material para construção. Estamos a receber algum alimento, mas isso não basta. Neste momento, estou a dormir numa tenda, e quando chove, tudo fica molhado."
Florinda Júlia Alberto também perdeu sua casa e as plantações que garantiam o sustento da família. "A maioria das famílias ainda está ao relento. Quando a chuva cai, tudo molha, até a comida. Algumas poucas pessoas já conseguiram reconstruir, mas a grande maioria continua sem nada."
A situação se repete em quase todas as aldeias de Mecúfi. Alcida Alberto clama por apoio:
"Nós ainda dormimos em tendas. Recebemos alguma comida, mas precisamos de materiais para reconstruir as nossas casas. Pedimos ao governo e às organizações que nos ajudem, porque estamos a passar por momentos muito difíceis."
Enquanto as autoridades garantem que continuam a prestar assistência às vítimas do ciclone, os relatos vindos do terreno revelam um cenário de abandono. Os apoios distribuídos até agora são insuficientes, e muitas famílias temem enfrentar a próxima estação chuvosa sem um teto sobre suas cabeças.
O ciclone, que atingiu a região com ventos fortes e chuvas torrenciais, deixou um rastro de destruição. Casas desabaram, machambas foram arrasadas e documentos foram levados pela força das águas. Desde então, a esperança de recomeço tem sido sufocada pela falta de materiais de construção e pelo desespero da fome.(x)
Por: Bonifácio Chumuni
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As Nações Unidas estimam que, em fevereiro de 2025, mais de 10 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas na província de Cabo Delgado,no norte de Moçambique, devido aos ataques armados perpetrados por grupos extremistas islâmicos. Desde 2017, a província tem sido palco de violentos confrontos, resultando em milhares de mortos e uma grave crise humanitária.
De acordo com um relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), citado pela Lusa, "93% desses movimentos de pessoas foram forçados, devido a ataques ou medo de ataques". A maior parte do movimento teve origem nos distritos de Macomia e Meluco, com grande parte da movimentação ocorrendo em direção às sedes distritais. O relatório também aponta que a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada desde outubro de 2017, que já provocou milhares de mortos e deixou mais de um milhão de pessoas deslocadas.
Segundo a OCHA, "alimentação e abrigo são as principais prioridades reportadas pelos deslocados", que enfrentam condições extremamente precárias. Além disso, a agência relata que os distritos de Mocímboa da Praia e Muedumbe registraram deslocamentos de "menor magnitude" em comparação aos de Macomia e Meluco.
Em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques atribuídos aos grupos extremistas islâmicos, um aumento de 36% em relação ao ano anterior, conforme dados divulgados recentemente pelo Centro de Estudos Estratégicos de África (ACSS), uma instituição ligada ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Esse aumento na violência reflete a escalada dos conflitos na região e o impacto devastador sobre a população local.
O último grande ataque ocorreu nos dias 10 e 11 de maio de 2024, quando cerca de uma centena de rebeldes invadiu a sede distrital de Macomia, saqueando a vila e causando vários mortos. O confronto gerou intensos combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique, que, junto com os militares ruandeses, apoiam o país no combate aos insurgentes.(x)
Por: Bonifácio Chumuni
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O Conselho Municipal de Pemba (CMP) recebeu, esta segunda feira 17 de Março de 2025, duas novas ambulâncias para reforçar os serviços de emergência na cidade. A iniciativa visa melhorar a capacidade de resposta das unidades de saúde, garantindo um atendimento mais rápido e eficiente às emergências médicas. A cerimônia de entrega contou com a presença de autoridades locais e representantes do setor privado.
A aquisição dessas ambulâncias insere-se nos esforços do município para fortalecer o sistema de saúde e proporcionar melhores condições aos munícipes. Uma das viaturas foi adquirida pelo próprio Conselho Municipal de Pemba, enquanto a outra foi doada pelo REKOM GROUP, numa parceria que reforça o compromisso do setor público e privado com a melhoria dos serviços de saúde. Com a introdução dos novos veículos, será possível agilizar transferências inter-hospitalares e otimizar o atendimento nos bairros da cidade.
O presidente do município, Satar Abdulgani, destacou a importância das novas viaturas para o reforço da assistência médica na cidade.
"É uma grande honra estarmos aqui a ser presenteados com essas duas ambulâncias, que servirão a nossa comunidade. Elas estarão disponíveis para emergências e transferências inter-hospitalares. Para garantir um atendimento ágil, criamos uma central no Conselho Municipal, pronta para coordenar as respostas de emergência nas unidades sanitárias dos bairros. Faremos um uso responsável desses meios para que sirvam à população por muito tempo", afirmou Satar Abdulgani Presidente do Município.
O governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, destacou que a entrega das ambulâncias está alinhada com as metas estabelecidas pelo governo.
"Esta ação encoraja todos os municípios da província a continuarem a trabalhar para que mais bens e serviços sejam disponibilizados aos munícipes. A aquisição dessas ambulâncias enquadra-se perfeitamente nas metas estabelecidas no plano dos 100 dias de governo", disse Valige Tauabo Governador.
As ambulâncias foram entregues durante a cerimônia oficial, onde o diretor-geral do Pemba Park Terminal, Pier Evangelista, representando o REKOM GROUP, reforçou o compromisso da empresa com o bem-estar da população.
"É uma grande honra fazer a entrega oficial dessas ambulâncias ao Conselho Municipal de Pemba. Esta ação representa o nosso compromisso com a cidade. A saúde é um dos pilares mais importantes e estamos orgulhosos de poder contribuir para a comunidade que nos acolhe e onde crescemos todos os dias", declarou.
Com a chegada dessas novas viaturas, espera-se que o atendimento a emergências em Pemba seja mais eficiente, garantindo um suporte rápido e eficaz às unidades de saúde da cidade.(x)
Por: Nazma Mahando
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