Em Cabo Delgado, a situação no setor da Educação começou a melhorar com o pagamento das horas extras. Uma fonte bem posicionada no Departamento de Recursos Humanos da Direção Provincial da Educação, contatada pela Zumbo FM Notícias nesta quinta-feira, 13 de Março de 2025, confirmou que os pagamentos começaram a ser realizados na província.
Entretanto, no sector da Saúde, a realidade é bem diferente. A chefe de Recursos Humanos da direção provincial da Saúde, Elisabeth Olímpio, explicou que o procedimento de pagamento envolve uma série de etapas que, até o momento, não foram cumpridas.
"Eu não tenho informações sobre este assunto. Acredito que as Finanças são as responsáveis por esclarecer a situação. Elas são quem efetuam os pagamentos, nós apenas entregamos os mapas. Depois, eles comunicam quem foi pago. O que acontece é que as horas extras e os perfis estão bloqueados. Se estão bloqueados, isso significa que deveria ter ocorrido uma validação prévia das horas extras. Antes do pagamento, uma equipe deve validar as informações. Não sei se os pagamentos foram realizados ou não", explicou a chefe dos recuso humano da saúde Elisabeth Olímpio.
O porta-voz do Governo, Inocêncio Impissa, garantiu na última terça-feira, após a realização do Conselho de Ministros, que os pagamentos das horas extras já estão em andamento. No entanto, ele admitiu que o processo enfrenta alguns constrangimentos, causados por gestores de nível local que não estão agindo conforme as expectativas do Executivo. Por isso, há a necessidade de clarificar certos aspectos do procedimento. (x)
Por: Bonifácio Chumuni
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Os residentes do distrito de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, que falavam em uma entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, nesta terça-feira, 18 de Março de 2025, descreveram com inquietação e temor a presença dos terroristas na região. Os relatos revelam que, além da imposição de normas sociais, há uma forte componente religiosa nas motivações dos insurgentes, evidenciada pelo tratamento diferenciado dado às vítimas com base na sua crença.
Um dos entrevistados contestou veementemente a ideia de que o terrorismo na região não tem um viés religioso.
"Quando dizem que o terrorismo não tem motivação religiosa, eu não acredito. Uma parte tem motivação religiosa. Porque, quando os terroristas te pegam, te perguntam se és cristão ou muçulmano? E quando você diz que és cristão, tens muita pouca chance de viver. Raras vezes eles te deixam quando você é cristão", disse.
Outro residente narrou, com voz trêmula, situações de execução sumária. "Às vezes, quando eles te pegam, te falam para rezar, e quando você desconssegue, te matam logo", explicou.
O relato de conversão forçada também foi destacado, evidenciando o caráter coercitivo da atuação dos insurgentes.
"Quando eles te sequestram, enquanto você pertence a uma religião cristã, te obrigam a se converter na religião muçulmana", revelou.
Além da motivação religiosa, os insurgentes impõem rígidos códigos de conduta, exercendo uma espécie de controle moral sobre a comunidade.
"Eles não gostam quando te encontram embriagado. Se encontrarem uma pessoa que acabou de beber, eles terminam com a vida desta pessoa. Então, é daí onde você oiça que terroristas degolaram uma pessoa", avançou a fonte.
Apesar dessas práticas, os residentes afirmam que os terroristas reduziram os massacres em massa e passaram a interagir de forma mais direta com a população.
"Mas, atualmente, aqui em Mocímboa da Praia, os terroristas não estão a matar em massa como há muito tempo. Agora, os terroristas convivem normalmente com as pessoas aqui, é normal te encontrar a vender seu negócio, eles bem armados, a te dizerem: 'Estou a pedir isso que você está a vender' ou 'Vende para nós'."
Os entrevistados relataram ainda que muitos dos insurgentes possuem laços familiares na região e circulam livremente pelo distrito.
"Para falar a verdade, os terroristas são pessoas que têm seus pais ou familiares aqui mesmo no distrito, eles às vezes sobem motorizada à luz do dia, passam a fazer suas compras e vão dar aos seus pais, às suas esposas e depois voltam mais nas matas", disse um dos residentes.
Essa liberdade de circulação dos insurgentes dentro da comunidade revela a complexidade do conflito em Mocímboa da Praia.
"Quando são esses casos, não aparecem necessariamente em multidão, mas sim uns dois ou três terroristas, pagam moto-táxi, fazem o que querem fazer, depois voltam de dia", disse.
As declarações dos residentes expõem o duplo caráter da insurgência: um grupo que, ao mesmo tempo em que busca impor uma visão religiosa específica, também exerce poder sobre normas sociais, regulando comportamentos e convivendo abertamente entre a população. Diante desse cenário, a insegurança persiste, deixando a comunidade refém de uma presença constante e intimidadora. (x)
Por: Zumbo FM Notícias
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O Governo moçambicano estima em cerca de 800 milhões de meticais os custos para a reconstrução das estradas destruídas pela tempestade tropical severa JUDE, que atingiu a província de Nampula na segunda-feira (10).
A estimativa foi avançada na última sexta-feira (14.03.2025), pelo Ministro dos Transportes e Comunicações, João Matlombe, durante uma visita à ponte sobre o rio Monapo, infraestrutura fundamental que liga Namialo ao distrito de Meconta.
“O nível de danos é bastante grande. Neste momento, temos uma estimativa preliminar que aponta para cerca de 800 milhões de meticais para a reposição das estradas. Esse valor pode aumentar conforme o avanço das obras”, afirmou Matlombe.
O governante alertou que a reconstrução das infraestruturas afetadas será complexa e não poderá ser concluída em apenas três semanas. “Enquanto as pontes não forem intervencionadas, o mais importante é garantir soluções alternativas para manter o fluxo de mercadorias e o abastecimento das populações afetadas”, explicou.
Uma das principais preocupações do governo é a travessia do rio Monapo, que ficou interrompida após o colapso da ponte. Para mitigar o impacto, foram alocadas embarcações da Marinha de Guerra, vindas da província de Cabo Delgado, para garantir a mobilidade entre Namialo e Meconta.
A administradora da divisão marítima da Ilha de Moçambique, Sahara Faquira, explicou que as embarcações chegaram de Pemba e estão a operar entre as 5h e as 16h. “Cada embarcação transporta até 10 pessoas por viagem para evitar sobrecarga. O uso de coletes salva-vidas é obrigatório para garantir a segurança de todos”, afirmou.
Faquira apelou ainda para que a população evite travessias por meios próprios, alertando para os riscos envolvidos. “Exortamos a população a seguir as orientações do governo e da autoridade marítima. Há relatos de indivíduos a cobrar ilegalmente pelo transporte, o que não é permitido. As embarcações disponíveis vão garantir o transporte gratuito e seguro de todos”, reforçou.
Enquanto isso, na província vizinha de Cabo Delgado, a tempestade JUDE também causou estragos significativos. A instabilidade das estradas e o desabamento da ponte sobre o rio Mecúbi têm dificultado a evacuação de pacientes do hospital de referência de Nampula para a região norte. Além disso, a cidade de Pemba enfrenta escassez de combustível, agravando a situação da mobilidade e do abastecimento de bens essenciais.(x)
Por: Bonifácio Chumuni
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O Presidente da República (PR), Daniel Chapo, assegurou neste sábado (15.03.2025) que empreiteiros já estão mobilizados para a reposição dos troços destruídos da Estrada Nacional Número Um (N1) na província de Nampula, afetados pela tempestade tropical severa JUDE.
Durante a visita às áreas atingidas, Chapo sobrevoou os distritos de Mossuril, Ilha de Moçambique e Meconta, onde acompanhou a situação das populações desalojadas e interagiu com famílias em centros de acomodação. Na vila de Namialo, distrito de Meconta, o PR deslocou-se até ao rio Monapo, onde constatou os estragos causados pelo fenómeno climático extremo, que provocou cortes na N1 e comprometeu a ligação rodoviária entre as províncias de Nampula e Cabo Delgado.
“Temos danos enormes, sobretudo na nossa Estrada Nacional Número Um, que liga as províncias de Cabo Delgado e Nampula”, afirmou Chapo, acrescentando que “o empreiteiro já iniciou a mobilização. Há uma equipa que estava em Sofala e já está a caminho, enquanto outra partiu de Cabo Delgado”.
Além da destruição na N1, a província vizinha de Cabo Delgado também regista impactos significativos. A instabilidade das estradas agravou-se com o desabamento da ponte sobre o rio Mecúbir, dificultando a evacuação de pacientes do Hospital de Pemba para Nampula onde se encontra o hospital de referencia na região o norte do país. A situação é ainda mais crítica em Pemba, onde há relatos de escassez de combustível, afetando o abastecimento e a circulação na cidade.
O PR garantiu que as equipas de reconstrução vão trabalhar a todo o gás para, numa primeira fase, restabelecer uma travessia mínima e, posteriormente, reconstruir a ponte, permitindo a normalização da circulação.
“Estamos satisfeitos com o nosso nível de prontidão”, afirmou Chapo, sublinhando que estão em curso ações para garantir assistência humanitária às populações afetadas pela tempestade.(x)
Por: Bonifácio Chumuni
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A população da vila de Quitunda, no distrito de Palma, em Cabo Delgado, interrompeu uma reunião com representantes da multinacional francesa TotalEnergies, responsável pela exploração de gás natural liquefeito na Área 1 da bacia do Rovuma, exigindo o pagamento das compensações prometidas durante a implementação do megaprojeto.
De acordo com um vídeo amador recebido pela redação da Zumbo FM Notícias, a reunião decorria com a participação de moradores de Quitunda, quando a população começou a se manifestar contra os representantes da empresa e do Governo local, exigindo o cumprimento dos acordos firmados antes da implementação do projeto.
No vídeo, é possível ouvir os manifestantes gritando: “Tunataka yela zetu”, uma expressão em língua Makwe misturada com suaíli, falada na vizinha Tanzânia, que traduzida para português significa "queremos o nosso dinheiro".
Mesmo diante de um forte aparato de segurança montado para garantir a realização da reunião, os ânimos exaltados da população obrigaram os representantes da TotalEnergies e do Governo a abandonar o local.
A Zumbo FM Notícias tentou contactar a secretária permanente do distrito de Palma, Laurinda Luciano, para obter esclarecimentos sobre os protestos e entender os motivos da falha no cumprimento dos acordos. No entanto, as tentativas de contacto foram frustradas, pois os números foram bloqueados, impedindo um posicionamento oficial sobre o caso.
As reivindicações da população de Quitunda não são recentes. Embora a TotalEnergies tenha reassentado várias famílias em novas habitações, os valores monetários prometidos como compensação pela cedência de terras ainda não foram pagos, alimentando um clima de descontentamento generalizado.
O caso levanta questões sobre a atuação da TotalEnergies e a falta de fiscalização por parte do Governo moçambicano. Enquanto isso, a população continua a exigir respostas e o cumprimento das promessas feitas no início do projeto.
Vale lembrar que o Governo dos Estados Unidos, através do Exim Bank, aprovou um financiamento de mais de 4,7 mil milhões de dólares para a TotalEnergies no projeto de exploração de gás na bacia do Rovuma. Apesar dos investimentos bilionários, as comunidades locais alegam que seus direitos continuam sendo ignorados.
A tensão em Palma segue crescente, e o desfecho deste impasse poderá determinar o futuro da relação entre a TotalEnergies e as comunidades reassentadas. (x)
Por: Bonifácio Chumuni
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A transferência de pacientes do Hospital Provincial de Pemba para Nampula, onde se localiza o hospital de referência da região norte, foi suspensa devido ao colapso de uma ponte sobre o rio Mecubúri, na Estrada Nacional nº 1 (EN1). O corte da via foi provocado pelo transbordo do rio, após as intensas chuvas trazidas pelo ciclone Jude.
A via foi severamente danificada, apresentando uma abertura de aproximadamente 12 a 15 metros nas proximidades do Posto Policial de Controlo de Anchilo, resultado da força das águas das chuvas intensas que caem desde a chegada da tempestade tropical Jude.
O diretor clínico do Hospital Provincial de Pemba, Cristóvão Mastinhe, explicou nesta quinta-feira, (13.03.2025), que pelo menos 11 pacientes que deveriam ser transferidos para Nampula estão retidos devido à interrupção da estrada.
"O ciclone Jude causou impactos negativos no Hospital Provincial de pemba, especialmente no que diz respeito às transferências de pacientes. Tivemos um total de cerca de 11 pacientes que precisavam ser transferidos para Nampula, mas, até agora, estão retidos devido à travessia comprometida. São situações que exigem atenção especial e imediata, mas, infelizmente, não há muito o que fazer no momento, além de esperar até que a via esteja transitável para a evacuação dos pacientes."-Disse o diretor clínico do Hospital Provincial de Pemba, Cristóvão Mastinhe.
Entre os doentes que aguardam transferência, dois necessitam de atendimento em cirurgia maxilofacial, especialidade inexistente no hospital de Pemba. Além disso, há três casos de urologia e outros pacientes da área de medicina interna, que precisam de atendimento especializado indisponível na província.
Diante da situação crítica, as autoridades iniciaram ações emergenciais para reabilitar a estrada e permitir a passagem de viaturas. O diretor provincial das Obras Públicas de Nampula, Faquira Massalo, garantiu que a Administração Nacional de Estradas (ANE), em coordenação com os Serviços Provinciais de Infraestruturas Públicas, já está mobilizada para restabelecer a circulação.
O ciclone Jude continua a causar impactos em várias regiões de Moçambique, com destaque para a região norte, com estragos significativos em infraestruturas e serviços essenciais. (x)
Por: Bonifácio Chumuni
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As Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) anunciaram, na última terça-feira, (11.03.2025), a retomada dos voos domésticos para o norte do país, após a melhoria das condições meteorológicas, segundo jornal ‘O País’.
Os voos para Pemba, Lichinga e Nacala, haviam sido suspensos devido à passagem da tempestade tropical Jude, que afetou a região. Com a estabilização do tempo, a LAM retomou as operações nas seguintes rotas: Maputo/Pemba/Maputo, com extensão para Dar es Salaam, na Tanzânia; Maputo/Nampula/Lichinga; e Maputo/Nacala/Maputo.
A companhia aérea assegurou que continuará a monitorar as condições meteorológicas para garantir a segurança dos passageiros e das operações. (x)
Por: Zumbo FM Notícias
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Reunida em Assembleia-Geral, nesta terça-feira, (11.03.2025), na Cidade de Maputo, a Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) indicou Pedro Frederico Cossa para o cargo de Presidente do Conselho de Administração (PCA).
Pedro Frederico Cossa, de 41 anos, é quadro da instituição desde 2009, tendo desempenhado cargos de direcção, entre os quais o de Diretor-Adjunto de Operações.
De acordo com um comunicado de imprensa recebido na redação da Zumbo FM Notícias, até a data da sua indicação, exercia funções como Administrador Financeiro da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento da Cidade de Maputo, cargo para o qual foi nomeado em Julho de 2024.
Para além das suas funções institucionais, Cossa é presidente da Associação Moçambicana de Economistas e docente universitário desde 2016. Especialista em Economia de Desenvolvimento, obteve um mestrado na mesma área pela Universidade Eduardo Mondlane. A sua formação académica inclui ainda uma licenciatura em Gestão e Finanças pelo Instituto Superior de Transportes e Comunicações, além de certificações em Literacia Financeira pela Universidade de Pretória (África do Sul), Mercados Financeiros pelo Instituto de Formação Bancária de Portugal e First Certificate in English pela Universidade de Cambridge (Reino Unido).
Entre 2015 e 2020, Pedro Cossa exerceu o cargo de deputado da Assembleia da República. (x)
Por: Zumbo FM Notícias
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A informação foi avançada nesta quarta-feira, 12.03.2025, pela porta-voz da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), Ludmila Maguni, quando falava a jornalistas numa conferencia de imprensa na capital do país.
“Este acordo, que envolve partidos políticos com assento na Assembleia da República, Assembleias Provinciais, Autárquicas e outras forças vivas da sociedade, constitui um passo determinante para a construção de um futuro de paz e desenvolvimento”, disse Ludmila Maguni, Porta-Voz da FRELIMO.
A porta-voz, informou ainda que "A comissão Politica considera um momento sublime na historia do Pais reforçando a necessidade de unidade entre todos os moçambicanos, independentemente de sua afiliação política, origem étnica ou crença religiosa". disse
A FRELIMO diz ainda que a reforma na administração pública, no sistema eleitoral e na descentralização continuará a ser uma prioridade.
"O compromisso com a reforma na administração publica, no sistema eleitoral e na descentralização deve continuar a ser prioridade, consolidando um estado de direito democrático cada vez mais inclusivo e prospero", concluiu a porta-voz da FRELIMO, Ludmila Maguni. (x)
Por: Esperança Picate
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O conselho do Banco de Exportação e Importação dos Estados Unidos (Ex-Im Bank) aprovou esta quinta-feira, 13 de Março de 2025, um empréstimo de quase 5 mil milhões de dólares para um projeto de GNL (gás natural liquefeito) em Moçambique, que estava atrasado há muito tempo, superando um obstáculo importante para a retoma do projeto em desenvolvimento pela gigante francesa TotalEnergies (TTEF.PA).
O Ex-Im Bank já havia aprovado um empréstimo de 4,7 mil milhões de dólares para o projeto de 20 mil milhões de dólares durante o primeiro governo do presidente Donald Trump, mas o financiamento precisou ser revalidado após a paralisação da construção em 2021 devido aos distúrbios violentos na região norte de Cabo Delgado, antes de qualquer liberação de recursos.
O CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanne, afirmou no mês passado que esperava que o financiamento dos Estados Unidos fosse aprovado nas próximas semanas, com outras agências de crédito a seguir nos meses seguintes. A empresa aguardava a reaprovação dos empréstimos das agências de crédito à exportação dos Estados Unidos, Reino Unido e Países Baixos antes de suspender a cláusula de força maior no projeto, que estava em vigor desde 2021.
Estevão Pale, ministro da Energia de Moçambique, disse ao Financial Times que também espera que o Reino Unido e os Países Baixos reconfirmem o seu apoio.
O projeto de GNL de Moçambique, no qual a TotalEnergies possui uma participação operacional de 26,5%, tinha como objetivo tornar Moçambique um grande produtor de GNL, mas foi interrompido devido à insurgência de militantes ligados ao Estado Islâmico na região. A segurança na região melhorou desde então, com a empresa parceira Mitsui afirmando, em dezembro, que as preparações finais estavam em andamento para retomar a construção após renegociações com os contratantes.
Grupos ambientais disseram que os riscos de segurança associados ao projeto deveriam ter sido motivo suficiente para negar o apoio ao mesmo.
"As violações dos direitos humanos, o conflito armado, os impactos ambientais e as projeções econômicas arriscadas do projeto de GNL de Moçambique deveriam ter afastado a maioria dos investidores sensatos", afirmou Daniel Ribiero, coordenador técnico da Amigos da Terra Moçambique. (x)
Por: Zumbo FM Notícias
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