A Força Local, composta por veteranos da luta de libertação nacional, manifestou preocupações sérias sobre a atuação das tropas ruandesas destacadas para o distrito de Macomia, na província de Cabo Delgado.
Em entrevista à Zumbo FM Notícias, nesta segunda-feira, 24 de março de 2025, o Chefe de Disciplina da Força Local, Zacarias Zawadi, afirmou que as tropas ruandesas têm operado de forma isolada, sem qualquer coordenação com as forças locais.
Zacarias Zawadi relatou que, em diversas ocasiões, as tropas ruandesas estiveram a uma curta distância dos locais onde ocorreram ataques insurgentes, mas não tomam nenhuma atitude imediata.
"É surpreendente que, estando tão próximos das áreas de ataque, eles não intervenham de forma rápida. Apenas após algumas horas é que se deslocam para o local", explicou Zawadi.
O Chefe da Força Local comparou a atuação das tropas ruandesas com a das forças da SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral), que, segundo ele, realizavam patrulhas regulares e intervenções rápidas sempre que recebiam informações sobre ataques.
"As forças da SADC patrulhavam de maneira eficaz e, assim que recebiam relatos de ataques, interviniam sem demora, sempre em estreita colaboração com a força local", afirmou.
A acusação contra as tropas ruandesas é de que operam de forma autônoma, sem qualquer esforço para coordenar com as forças moçambicanas locais, o que tem dificultado a luta contra os insurgentes.
"Os ruandeses operam sozinhos, sem colaboração com as forças locais, e isso tem dificultado o nosso trabalho", afirmou Zawadi.
Além disso, Zacarias Zawndi destacou as dificuldades enfrentadas pela força local devido à falta de recursos adequados.
"A força local está firme, mas estamos limitados pela falta de material para combater os insurgentes. Eles estão próximos da Estrada 380, uma área estratégica, e aproveitam qualquer oportunidade para realizar ataques", concluiu.
A chegada das tropas ruandesas em Cabo Delgado ocorreu em 2021, como parte de um esforço internacional para combater a insurgência armada na região. Em resposta ao pedido do governo moçambicano, Ruanda enviou uma força militar significativa para apoiar as forças de defesa de Moçambique na luta contra os insurgentes, que têm causado instabilidade na província desde 2017.
A força ruandesa foi destacada principalmente para a área de Macomia, na região central da província, uma das mais afetadas pelos ataques insurgentes. Sua presença visa fortalecer a capacidade de combate às milícias terroristas e restaurar a ordem em regiões estratégicas. (x)
Por: Bonifácio chumuni
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O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, reuniu-se na noite deste domingo, 23 de março de 2025, com o ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane para discutir soluções diante dos desafios que o país enfrenta.
Segundo um comunicado recebido na redação da Zumbo FM Noticias , o encontro insere-se no esforço contínuo de promover a estabilidade nacional e reforçar o compromisso com a reconciliação e a unidade dos moçambicanos.
O encontro ocorre menos de um mês após o Presidente ter assinado o Compromisso Político para um Diálogo Nacional Inclusivo com nove formações políticas que participaram das sessões de diálogo político até então realizadas.
Este compromisso visa estabelecer princípios e diretrizes para um diálogo nacional inclusivo, abordando questões essenciais como a revisão constitucional e a governação. Após a assinatura do Compromisso, o Presidente e os partidos signatários realizaram um balanço, no qual o Chefe de Estado considerou o resultado extremamente positivo, destacando a presença de representantes da sociedade civil, partidos políticos, academia, juventude, mulheres, líderes religiosos e comunitários, além de alguns países vizinhos e da comunidade internacional.
O Chefe de Estado e os demais signatários concluíram que a sociedade recebeu muito bem a assinatura do acordo, sobretudo pelo fato de ter ficado claro que o acordo não prevê discutir pessoas, interesses pessoais, nem interesses de grupos, mas sim debater o país que todos nós pretendemos como moçambicanos.
Assinaram o Compromisso Político os líderes dos partidos Frelimo, Podemos, Renamo, MDM, Partido de Revolução Democrática, PAHUMO, PARESO, PARENA e Partido Nova Democracia. Essas formações políticas possuem representação na Assembleia da República, Assembleias Provinciais e Autárquicas, demonstrando um esforço abrangente para garantir um diálogo inclusivo e construtivo.
Após o balanço da assinatura do Compromisso, aguarda-se pela aprovação do documento pela Assembleia da República. O encontro entre o Presidente da República e Venâncio Mondlane reforça a necessidade de aprofundar a reconciliação e consolidar um ambiente político estável, essencial para o desenvolvimento socioeconómico do país.
O diálogo entre as diversas forças políticas e sociais é um passo determinante para restaurar a confiança nas instituições e garantir um futuro harmonioso para todos os moçambicanos. Guiado pelos princípios do Estado de Direito, do respeito pelos Direitos Humanos e dos interesses superiores do povo moçambicano, o Governo continua a promover esforços para consolidar a paz e a estabilidade. A resolução da crise pós-eleitoral e o fortalecimento do Estado democrático são metas prioritárias para garantir um país mais justo e inclusivo.
O gesto do Presidente da República de dialogar com Venâncio Mondlane simboliza a vontade de construir pontes e promover um diálogo aberto e construtivo. A disponibilidade para discutir soluções comuns representa um avanço significativo na busca por um Moçambique pacificado, unido e comprometido com o progresso coletivo. (x)
Por: Nazma Mahando
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O Presidente do Conselho Municipal de Pemba, Satar Abdulgani, garantiu, disse em conferência de imprensa neste sábado, 22 de março de 2025, que, caso a estrada ANE-Chuiba não seja concluída, ele não se recandidatará ao cargo do Presidente do município.
Satar Abdulgani estabelece o desafio como uma prova de seu sucesso ou fracasso no papel de governante. Ele também demonstra determinação em concluir a obra, assumindo total responsabilidade.
"Sabemos nós que temos o grande problema que é a estrada ANE-Chuiba. Nas entrevistas, já falamos que desafiamos a nós mesmos, que estamos aqui para servir e, como forma de mostrarmos que estamos aqui para poder servir, se nós não conseguirmos concluir aquela estrada ANE-Chuiba, eu, em meu nome pessoal, Satar Abdul Gani, vou me considerar como um indivíduo falhado no meu processo de governação e não vou me recandidatar. Eu vou fazer de tudo que está no nosso alcance para podermos concluir aquela estrada ANE-Chuiba." - prometeu Satar Abdulgani.
Falando aos jornalistas, Satar Abdulgani explica a limitação financeira do município e destaca a importância de apoio externo para realizar grandes projetos.
"Porém, é preciso que as pessoas percebam que, com a nossa capacidade financeira de receitas, não vamos conseguir construir aquela estrada. Tem certos projetos que não são construídos por receitas próprias porque, até agora, não temos capacidades. O Conselho Municipal e vários municípios de Moçambique vivem e sobrevivem com desembolsos do Estado e geram receitas próprias muito baixas. Porém, nós conseguimos fazer o diferente: conseguimos implementar nossa receita no ano passado, onde tivemos um crescimento de cerca de 60% em relação às receitas que foram coletadas no mandato anterior ou nos anos anteriores." - explicou a nossa fonte.
Abdulgani compartilhou ainda informações sobre o orçamento da estrada ANE-Chuiba e explicou os desembolsos realizados, bem como, as mudanças ocorridas durante mandatos anteriores. Ele enfatizou que parte do financiamento veio de ajuda externa, demonstrando colaboração institucional.
"A estrada ANE-Chuiba tem um orçamento de quase 455 milhões de meticais. Foram desembolsados, em um concurso que já existiu nos últimos mandatos do presidente Tagir e, depois, foi revisto com mudanças de empreiteiro no mandato do presidente Simba. Depois, nós encontramos este projeto, entendemos e estudamos este projeto e, até lá, já tinha sido desembolsado quase 40 e tal milhões, restando, se não, 18, o que corresponde a 60 milhões de meticais. Os 60 milhões de meticais foram desembolsados pelo Instituto Nacional de Petróleo como ajuda."
O Presidente do Conselho Municipal de Pemba concluiu, destacando que, apesar dos desafios enfrentados, há esforço contínuo para a reconstrução da estrada ANE-Chuiba.
"O esforço estamos a fazer; estamos cientes de que, a breve trecho, iremos dar continuidade com a estrada ANE-Chuiba. Nós chegamos, avançamos numa primeira fase, onde tivemos quase 220 metros lineares feitos das duas faixas. Porém, no momento em que tivemos a primeira manifestação um pouco agressiva e violenta, tentaram vandalizar o equipamento do empreiteiro, uma vez que o empreiteiro já vem com um trauma face à vandalização de alguns equipamentos na zona norte por conta do terrorismo."
A estrada ANE-Chuiba, localizada na Cidade de Pemba, Cabo Delgado, é uma infraestrutura de grande importância para a região, tanto do ponto de vista econômico quanto social. (x)
Por: Esperança Picate
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Na noite de quarta-feira, 19 de Março de 2025, insurgentes interceptaram perto de 40 pescadores na ilha de Tambuzi, situada no extremo sul do distrito de Mocímboa da Praia, no norte da província de Cabo Delgado, em Moçambique.
Os pescadores estavam a exercer a sua atividade na captura de peixe, especificamente uma espécie conhecida localmente como "malhação", quando foram abordados por insurgentes também em embarcações.
A informação foi confirmada em exclusivo pelo Administrador do distrito, Sérgio Cipriano, à Zumbo FM Notícias, na manhã deste sábado, 22 de Março de 2025. Segundo Cipriano, os insurgentes interceptaram os pescadores enquanto estes estavam a pescar no mar, perto da Ilha de Tambuzi.
"O que eu tenho conhecimento é de que, houve de facto uma interceptação de uma embarcação, atrás de anteontem para anteontem de noite, há um grupo que pesca aquele peixinho vulgo 'malhação', que é um peixinho que não se desenvolve", relatou o administrador.
Os pescadores foram detidos num bote a motor perto da Ilha de Tambuzi, mas a detenção foi de curta duração, com os pescadores sendo libertados logo depois.
"Então, os pescadores foram interceptados num bote a motor e tinham sido capturados ou retidos num espaço lá mesmo perto da Ilha de Tambuzi, mas não levou muito tempo e foram liberados, voltaram portanto ao convívio familiar, isso foi anteontem, ontem todo dia estiveram com os seus familiares", afirmou Cipriano.
Quando questionado sobre a possibilidade de exigências de resgates ou pagamento de valores monetários, Cipriano afirmou que não recebeu informações sobre tais demandas. "Não tenho mais desenvolvidos a respeito disso sobre a exigência de algum valor monetário", explicou.
Em relação ao número exato de pescadores envolvidos, o administrador esclareceu: "Eu não tive o número exato, mas é o número inferior a 40, porque pela capacidade do meio, não pode transportar 40 homens."
Sérgio Cipriano também comentou sobre um incidente anterior ocorrido na região do rio Messalo, onde pescadores foram capturados pelos insurgentes. Apesar de não haver detalhes específicos sobre o número de pescadores, Cipriano indicou que eles foram libertados após algum tempo.
"É o segundo facto, o primeiro facto é aquele que tinha sido levado para zona do rio Messalo, e nós falamos com algumas pessoas, pedimos e os familiares também pediram, acho que alguns conseguem se comunicar com eles, mas o resultado final que nós tivemos, foi a liberação deles pescadores que tinham sido levados muito tempo nas mãos dos insurgentes", disse.
Após a libertação, os pescadores retornaram às suas famílias e estão agora de volta às suas casas. Cipriano não forneceu mais informações sobre os efeitos desse incidente nas comunidades locais, mas a situação de insegurança em Mocímboa da Praia continua a ser uma grande preocupação.
O distrito de Mocímboa da Praia está localizado na região costeira do nordeste do país, próximo ao limite com a Tanzânia, sendo uma área estratégica e vulnerável devido à sua proximidade com o mar e a crescente instabilidade na província de Cabo Delgado. O distrito tem sido fortemente afetado por ataques de grupos insurgentes desde 2017. (x)
Por: Zumbo FM Notícias
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O Administrador do distrito de Mocímboa da Praia, Sérgio Cipriano, revelou aos microfones da Zumbo FM Notícias neste sábado, 22 de Março de 2025, sobre a actual situação de insegurança no norte de Moçambique e a crescente necessidade de apoio alimentar para as populações afetadas.
Sérgio Cipriano falou sobre os novos comportamentos observados entre os insurgentes, destacando que, em vez de confrontos violentos, há sinais de que os combatentes têm adotado uma abordagem mais pacífica, demonstrando uma crescente necessidade de ajuda humanitária, especialmente no que diz respeito à alimentação.
"Duma maneira geral o que estamos a notar da parte da insurgência é que estamos a sentir que, de facto, alguma consciência pode estar a lhes chegar porque, estão a agir num sentido pacífico, não sangrento como agiam anteriormente", afirmou o administrador, sublinhando que, apesar da violência ainda presente na região, os insurgentes parecem estar a mudar a sua forma de agir.
A fome é uma das questões centrais desta mudança. Segundo Cipriano, os insurgentes têm manifestado claramente sua necessidade de alimentos.
"Pelo menos nesses aspectos, apresentam mais necessidade de apoio alimentar porque estão com fome, porque nós entendemos que humanamente, precisam de se alimentar, independente de estarem num mato, de haver algum conflito nós também pedimos as comunidades para, em caso se apresentem neste sentido, pedindo comida, havendo qualquer coisa podendo partilhar com eles para que possam meter alguma coisa nos seus estômagos", disse o administrador.
A declaração reflete o esforço contínuo do governo em promover o apoio humanitário nas áreas afetadas pela insurgência. Cipriano apelou às comunidades para que ofereçam ajuda, caso se encontrem com insurgentes necessitados, ajudando-os com alimentos, uma abordagem que visa aliviar a fome, mas também contribuir para o processo de reconciliação.
O administrador também falou sobre a importância do diálogo, reforçando que o governo continua a enviar mensagens de perdão e reconciliação, especialmente no contexto da iniciativa presidencial que oferece perdão a moçambicanos que se arrependeram de aderir aos grupos insurgentes.
"Também deixamos a mensagem de um diálogo caso aceitem, nós estamos a pedir que esses irmãos voltem às suas casas, ao convívio familiar e definitivamente há aquele espaço de perdão, por conta da iniciativa presidencial, perdoar aquele moçambicano que se arrependeu por ter aderido à insurgência", afirmou Sérgio Cipriano, apelando para que os insurgentes retornem às suas famílias e reintegrem a sociedade.
Cipriano ressaltou ainda que a reconciliação é um passo essencial para a paz e a prosperidade de todos.
"Estamos a passar a mensagem, caso se apresentem bem para melhor convivência familiar, porque todos somos filhos desta terra e não vale a pena alguns estarem no mato e outros nas aldeias", disse Cipriano.
O administrador também destacou o impacto negativo da guerra na vida das populações locais, particularmente aquelas que vivem nas áreas de mata, onde as atividades econômicas e sociais estão profundamente afetadas pela insegurança.
"Vamos perdoar o erro cometido, eles voltem e vamos viver juntos em harmonia e não andarmos em conflitos, e às pessoas andarem também à vontade porque a atividade fundamental da população está na mata. Agora, quando a população que vive na mata fica impedida, então os outros não conseguem fazer nada", concluiu Sérgio Cipriano.
Este apelo à reconciliação, aliado à urgência de apoio alimentar, reflete os desafios que as autoridades locais enfrentam em meio ao conflito contínuo em Mocímboa da Praia e outras áreas de Cabo Delgado. A fome, a instabilidade e a necessidade de diálogo permanecem questões centrais para o governo na busca por uma solução pacífica e sustentável para a província. (x)
Por: Zumbo FM Notícias
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As Forças Armadas de Moçambique receberam o último lote de equipamentos no âmbito da Facilidade Europeia de Paz (EPF), no total de 85 milhões de euros, destinado a apoiar a luta contra o terrorismo e a insurgência em Cabo Delgado. O apoio, fornecido pela União Europeia, visa fortalecer as capacidades das unidades militares moçambicanas treinadas pela Missão de Treinamento Militar da UE em Moçambique (EUTM Moçambique) e garantir maior segurança para a população da província norte do país, gravemente afetada pela crise de segurança.
O pacote de equipamentos entregues inclui itens não letais essenciais para as operações militares, como capacetes balísticos, coletes à prova de balas, redes de camuflagem, tendas de campanha, geradores, veículos, ambulâncias e barcos. Além disso, as unidades beneficiaram de dispositivos técnicos, como drones, e de um hospital de campanha, ferramentas fundamentais para a atuação das Forças de Reação Rápida, formadas para enfrentar o terrorismo e a insurgência em Cabo Delgado.
Conforme um comunicado publicado na página oficial da UE, está quinta-feira, 20 de Março de 2025, este apoio faz parte de um esforço contínuo da União Europeia para aumentar a eficácia das operações das Forças Armadas de Moçambique, com o objetivo de restaurar a ordem, combater o terrorismo e proteger a população civil. As 11 unidades militares, agora equipadas, são responsáveis por combater os grupos insurgentes e garantir a segurança da população local em áreas afetadas pela violência.
O compromisso da União Europeia com Moçambique começou em julho de 2021, com a adoção de uma primeira medida urgente no valor de 4 milhões de euros. Em novembro de 2021, foi aprovado um novo pacote de 40 milhões de euros para apoiar cinco unidades adicionais. Em abril de 2022, o financiamento foi ampliado em 45 milhões de euros, permitindo o apoio a todas as 11 unidades treinadas pela EUTM Moçambique.
Além disso, um apoio complementar de 15 milhões de euros foi fornecido para apoiar a Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM), que operava em conjunto com as forças moçambicanas até a sua retirada, em julho de 2024. Após a saída da SAMIM, todo o equipamento foi transferido para as Forças Armadas de Moçambique, concluindo assim esta fase do programa de assistência da UE.
Este lote final de equipamentos representa uma contribuição significativa da União Europeia para o fortalecimento da segurança em Cabo Delgado, uma região que continua a enfrentar desafios graves devido ao conflito armado e à presença de grupos terroristas. O apoio da EPF tem sido crucial para permitir que as Forças Armadas de Moçambique protejam melhor a população e ajudem na restauração da paz e da estabilidade na região. (x)
Por: Zumbo FM Notícias
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A recente escassez de combustíveis que se registou na terça-feira e quarta-feira (18 a 19) de Março de 2025, em Cabo Delgado causou danos económicos consideráveis à província, com perdas estimadas entre 42 a 50 milhões de meticais, conforme revelou Mahamudo Irachi, Presidente do Conselho Empresarial e Representante da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) em Cabo Delgado.
Em uma entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, realizada nesta quinta-feira, 20 de Março de 2025, Irachi detalhou os efeitos devastadores dessa situação, que afetou diretamente o setor informal e as atividades de transporte na região.
"Se formos a fazer as contas, estamos a falar de mais ou menos de 42 a 50 milhões de meticais que a província perdeu", revelou Mahamudo Irachi, destacando o impacto financeiro direto da falta de combustíveis.
O principal motivo para a falta de combustíveis foi uma série de complicações no processo de descarga do navio de carregamento que chegou no final da semana passada. O navio conseguiu atracar e iniciar o bombeamento para os depósitos, mas o processo foi prejudicado pela destruição das bombas de abastecimento devido ao ciclone "Jude", que afetou as operações no local.
"O Navio de carregamento de combustíveis chegou no final da semana e conseguiu fazer a atracagem e, depois de atracar, iniciou o bombeamento para os depósitos. Então, nesse período de bombeamento para os depósitos, com a situação que nós conhecemos do ciclone 'Jude', houve roturas nas bombas dos abastecimentos dos combustíveis, porque o método de descarregamento de combustíveis obedece a alguns padrões. Não poderia se descarregar e abastecer-se nas bombas no mesmo dia que o navio chegou, razão pela qual tivemos dois dias consecutivos sem combustíveis", explicou Mahamudo Irachi.
A falta de combustíveis durante esse período gerou um impacto direto no funcionamento da economia local. "De fato, houve impacto na economia, muitos chapeiros não se fizeram ao trabalho, foram dois dias sem trabalho, moto-táxistas não estiveram a fazer a operação, e isso culminou neste impacto", disse Irachi, destacando a paralisação de setores essenciais que dependem do abastecimento contínuo de combustíveis.
A situação foi agravada pela demora no reabastecimento, com os níveis de combustível nas bombas ainda baixos. "Hoje, acabo de fazer uma ronda nas bombas, agora as bombas estão quase vazias, isso quer dizer que a comunidade consumiu e já está a consumir os combustíveis normalmente", completou.
A perda econômica para a província é alarmante, e Mahamudo Irachi sublinhou a necessidade urgente de medidas para evitar que situações semelhantes aconteçam no futuro, de modo a proteger a economia local e garantir a estabilidade no abastecimento de combustíveis essenciais para a população.(x)
Por: António Bote
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A circulação na Estrada Nacional 380 (EN380) foi retomada após ter sido interrompida devido ao transbordo do rio Messalo, na província de Cabo Delgado. O incidente, que causou constrangimentos no tráfego, ocorreu após chuvas intensas que elevaram o nível da água, tornando a via intransitável.
De acordo com o delegado da Administração Nacional de Estradas (ANE) em Cabo Delgado, Jorge Guvinhica, que falou nesta quinta-feira, 20 de março de 2025, a normalização do trânsito foi possível após a redução do volume de água, permitindo a passagem segura de viaturas e peões. No entanto, ele alertou que, devido à época chuvosa, os condutores devem manter cautela ao atravessar zonas suscetíveis a inundações.
"A circulação na Estrada 380 já foi retomada. As águas baixaram, portanto, o tráfego está a ocorrer normalmente no troço Macomia-Awasse", declarou Jorge Guvinhica.
A Estrada 380 é uma via crucial para a mobilidade na região norte da província de Cabo Delgado, ligando diversos distritos, incluindo Mocímboa da Praia e Palma, e facilitando o transporte de bens e serviços.(x)
Por: Bonifácio Chumuni
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O Presidente do Conselho Empresarial e Representante da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) em Cabo Delgado, Mahamudo Irachi, reagiu com otimismo à novidade, destacando a importância do financiamento para a retoma das operações e para o futuro da província.
Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, realizada nesta quinta-feira, 20 de Março de 2025, Irachi afirmou que tanto Cabo Delgado quanto o mundo estão esperançosos com o desenvolvimento do projeto.
“Cabo Delgado ou mesmo o mundo todo estão esperançosos com o programa da LNG do Rovuma, e cada pessoa está a esperar de bons resultados neste empréstimo para ver se pode arrancar”, disse Presidente do Conselho Empresarial e Representante da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).
"O anúncio da abertura desse crédito é mais uma valia para Cabo Delgado, para que a província possa voltar ao seu rumo, uma vez que a província parou por motivo deste financiamento, agora que anunciaram, obviamente, há-de voltar à normalidade dos nossos negócios", afirmou Irachi, visivelmente otimista com a retoma do projeto.
O projeto de GNL no Rovuma, liderado pela gigante francesa TotalEnergies, havia enfrentado vários obstáculos ao longo dos anos, com destaque para os desafios financeiros que atrasaram seu avanço. Com a aprovação do empréstimo pelo Ex-Im Bank, um dos maiores financiadores do projeto, as expectativas aumentaram, e a indústria local vê a retomada das operações como um fator crucial para a recuperação econômica de Cabo Delgado e do país como um todo.
Em relação ao impacto do projeto no emprego local, Irachi foi cauteloso, destacando que, por enquanto, é impossível estimar o número de empregos que o projeto gerará, visto que o dinheiro ainda não foi liberado e as operações ainda não iniciaram.
“Agora não é possível estimar a empregabilidade, uma vez que o dinheiro ainda não está lá. Nós temos que ter a confirmação de quando as operações estiverem a trabalhar. Enquanto não tivermos as operações iniciadas, dificilmente nós podemos estimar os empregos em que podemos ter", disse o Presidente do Conselho de Administração da CTA em Cabo Delgado.(x)
Por: António Bote
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O Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) apoiou, nesta quinta-feira, 20 de março de 2025, os seus pensionistas e trabalhadores por conta própria afetados pelo ciclone tropical Chido, nos distritos de Pemba, Chiúre, Metuge e Mecufi. O apoio incluiu materiais de construção, como chapas de zinco, barrotes, sacos de cimento, arames e pregos, destinados aos pensionistas. Já os trabalhadores por conta própria receberam kits de geração de renda.
Cabir Fahar Ibraim, presidente do conselho de administração do INSS, sem especificar o número exato de pensionistas e trabalhadores por conta própria que receberam o material, garantiu que a iniciativa visa alavancar o sustento das famílias beneficiadas e garantir a continuidade de suas contribuições ao sistema de segurança social.
"Ao nível da província de Cabo Delgado, temos o registro de 754 pensionistas e 1.601 trabalhadores por conta própria, na cidade de Pemba e nos distritos afetados pelo ciclone Chido. Os pensionistas irão receber materiais de construção, como chapas de zinco, barrotes, sacos de cimento, arames e pregos, conforme a prioridade de cada caso. Já os trabalhadores por conta própria receberão kits de geração de renda, de acordo com suas atividades econômicas. Essa ajuda possibilitará, por um lado, o sustento contínuo de suas famílias e, por outro, a manutenção de suas contribuições ao sistema de segurança social", afirmou o presidente do conselho de administração.
Cabir Fahar Ibraim destacou que a ação é parte do apoio do Ministério do Trabalho, Género e Ação Social, por meio do Instituto Nacional de Segurança Social, dentro do quadro do Programa de Ação Sanitária Social.
"Trata-se, portanto, de um apoio do Ministério do Trabalho, Género e Ação Social, executado pelo INSS no âmbito do Programa de Ação Sanitária Social, gestor do sistema de segurança social obrigatório. O programa tem como essência a proteção social e o bem-estar dos beneficiários e pensionistas", ressaltou.
O programa tem como principais objetivos a concessão de apoio não pecuniário aos beneficiários pensionistas do sistema e seus dependentes, buscando mitigar os efeitos das calamidades naturais e epidemias. Também prevê apoio financeiro e parcerias com instituições públicas ou privadas cujas atividades sejam de interesse para a população abrangida pelo sistema de segurança social. (x)
Por: Esperança Picate
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